1º Quadrimestre: Os melhores fundos de obrigações

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Natesh Ramasamy, Flickr, Creative Commons

Chegado o final de abril é tempo de fazer o balanço do primeiro quadrimestre de 2015. De acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP - , os fundos de obrigações atingiram uma rendibilidade média nos primeiros quatro meses do ano de 1,74%, quando analisadas as categorias das Associação de fundos: Obrigações Euro, Taxa Indexada Euro e ainda Obrigações Internacional.

Dos mais de duas dezenas de fundos que compõem esta categorias, existem dois que se destacam por terem ultrapassado a barreira dos 7% em termos de rendibilidade este ano: o NB Obrigações Europa e ainda o Optimize Europa Obrigações.

O líder, gerido por Vasco Teles da GNB Gestão de Ativos, fecha os primeiros quatro meses de 2015 com uma rendibilidade de 7,56%. No final de abril o fundo tinha mais de 34 milhões de euros em ativos sob gestão e, segundo a ficha do produto, tinha praticamente toda a sua carteira investida em obrigações soberanas. No mês de abril a sua rendibilidade foi negativa, sendo justificada pela sua exposição a países periféricos, segundo o relatório mensal do fundo.

Já o fundo da Optimize Investment Partners obteve entre o final de 2014 e o final do mês de abril uma rendibilidade de 7,04%. O seu património ascende a mais de 12 milhões de euros e no mês passado a sua rendibilidade foi negativa, tal como no fundo da GNB Gestão de Ativos. O fundo foi criado há cerca de dois anos e apresenta uma rendibilidade desde do seu lançamento superior a 5,5%.

O último fundo do top 3 é gerido pela BPI Gestão de Activos e denomina-se de BPI Obrigações Alto Rendimento Alto Risco. No período em análise atinge uma valorização de 3,64% e mais de 15 milhões de euros em património no final de abril. De acordo com o seu prospeto o fundo investe em “títulos de dívida ou equiparados emitidos por todo o tipo de entidades, mas com particular incidência nos valores com uma notação de rating compreendida no grupo das notações inferiores que são atribuídas pelas agências de rating internacionalmente reconhecidas ou que, não tendo notação de rating, tenham uma qualidade creditícia equivalente aos primeiros”.

Acima dos 3% de ganhos este ano ainda figura um outro produto. Trata-se do BPI Obrigações Mundiais. Nos primeiros quatro meses do ano a sua rendibilidade atinge os 3,08% tendo fechado o mês de abril com um património superior a 35 milhões de euros. “O objectivo principal do OIC é o de proporcionar aos seus participantes o acesso a uma carteira de obrigações diversificada visando uma valorização real do capital a médio prazo consentânea com o risco normalmente associado a esse tipo de activos”, segundo se pode ler no seu documento oficial.

Os 15 fundos de obrigações mais rentáveis em 2015

Fundo Gestora Categoria APFIPP Rendibilidade 2015 (%)
NB Obrigações Europa GNB Gestão de Ativos Obrigações Euro 7,566
Optimize Europa Obrigações Optimize Investment Partners Obrigações Internacional 7,045
BPI Obrigações A.R.A.R. BPI Gestão de Activos Obrigações Euro 3,643
BPI Obrigações Mundiais BPI Gestão de Activos Obrigações Internacional 3,089
Montepio Taxa Fixa Montepio Gestão de Activos Obrigações Euro 2,897
CA Rendimento CA Gest Obrigações Taxa Indexada Euro 2,568
Caixagest Obrigações Longo Prazo Caixagest Obrigações Euro 2,439
Banif Euro Corporates Banif Gestão de Activos Obrigações Euro 2,284
Popular Euro Obrigações Popular Gestão de Activos Obrigações Euro 1,627
Santander Multi Taxa Fixa Santander Asset Management Obrigações Euro 1,607
Caixagest Obrigações Mais Caixagest Obrigações Euro 1,036
Millennium High Yield Bond Selection Millennium Gestão de Activos Obrigações Euro 0,958
Caixagest Obrigações Caixagest Obrigações Taxa Indexada Euro 0,709
Montepio Obrigações Montepio Gestão de Activos Obrigações Taxa Indexada Euro 0,678
Santander MultiCrédito Santander Asset Management Obrigações Taxa Indexada Euro 0,624
Fonte: APFIPP no final de abril