Volatilidade volta a recuar

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Tim Deschanel, Flickr, Creative Commons

No décimo-primeiro mês do ano a volatilidade voltou a recuar no PSI-20. Esta é uma das maiores evidências da última síntese do mercado de capitais publicada mensalmente pela CMVM. Desta forma, no mês de novembro a volatilidade situou-se em 20,22%, abaixo dos 22,45% registados no mês de outubro. Trata-se da quarta queda consecutiva deste indicador.

Apesar das boas notícias do lado da volatilidade, as rendibilidades continuaram 'amarguradas' com o principal índice bolsista nacional a descer 2,2%. Nos últimos quatro meses, o PSI 20 apenas conseguiu valorizar no mês de outubro, acumulando quedas em agosto, setembro e - como lhe damos conta - no último mês. Ainda assim, desde o início do ano 2015, a bolsa portuguesa sobe 11,5%.

Negócios com UPs e ETFs em rota ascendente

Em novembro e, analisando agora os negócios realizados no mercado secundário a contado, observa-se que o valor transacionado tanto em Unidades de Participação (UPs) como ETFs aumentou. As UPs cresceram 32,8% para os 11,3 milhões de euros enquanto os ETFs progrediram 65,4% com o valor negociado a situar-se nos 2,4 milhões de euros.

Em termos acumulados, nos primeiros onze meses do ano, a situação é mista. Nas UPs há um decréscimo de 63,3% para os 109 milhões de euros, isto face ao mesmo período do ano passado, e nos ETFs houve um crescimento de 184,5% para os 101,8 milhões de euros.

OICVM e FIA com crescimento do património

No mesmo relatório a CMVM compila os dados referentes à indústria de fundos de investimento, embora com um desfasamento de um mês. Desta forma, nesta rubrica os valores são referentes ao mês de outubro. No décimo mês do ano os OICVM e os FIA somavam 11.342 milhões de euros em ativos sob gestão, um valor superior em 2,3% relativamente ao mês de setembro. Já em termos de número de fundos houve uma diminuição de 3 produtos – foram liquidados os fundos BBVA PPA Índice PSI20 da BBVA Asset Management; o Popular Objectivo Rendimento 2015 da Popular Gestão de Activos e ainda o NB Rendimento Fixo IV da GNB Gestão de Ativos. O mercado português conta agora com 188 fundos de investimento.

No segmento imobiliário houve uma redução de 0,6%, com o valor em carteira a atingir 11.473,5 milhões de euros.