Volatilidade na bolsa nacional atingiu 23,1% em 2015

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fpradoe, Flickr, Creative Commons

Dezembro chegou ao fim e é hora de fazer o balanço do mês e do ano. A CMVM publicou a síntese do mercado de capitais português referente ao mês passado onde se pode ver que o principal índice bolsista nacional (PSI-20) sofreu uma queda de 0,7%, tendo fechado nos 5.313,17 pontos. Mesmo com esta queda no último mês do ano, o PSI-20 fechou o ano passado com uma valorização de 10,7%.

Analisando a volatilidade do mercado, o mês de dezembro foi dos mais calmos do ano, com o desvio-padrão a situar-se nos 18,27%, um valor menor do que os 20,22% registados em novembro. Mesmo com esta acalmia em dezembro, a volatilidade em 2015 foi superior à registada em 2014. No ano passado este indicador situou-se em 23,1% que contrasta com os 21,9% registados em 2014.

ETFs com forte crescimento

As transações no mercado secundário a contado regulamentado tiveram um revés em 2015 quando comparado com ano anterior. O valor negociado atingiu mais de 28.781 milhões que compara com 41.040 milhões de euros em 2014.

De todas as rubricas que fazem parte deste segmento, os ETFs foram o único segmento a apresentar crescimento. Em 2015 o valor das transações neste instrumento financeiro atingiu mais de 105 milhões de euros, mais 194% do que o valor negociado em 2014.

Situação contrária foi notada nas Unidades de Participação. Em 2015 o valor negociado foi inferior ao apurado em 2014 em mais de 63%, tendo fechado o ano passado nos 114,8 milhões de euros.

OICVM e FIA aumentam património

Na mesma publicação a CMVM sintetiza os dados referentes à indústria de fundos de investimento, embora com um desfasamento de um mês, referindo-se assim a novembro. 

Depois do mercado ter ‘perdido’ três produtos em outubro, o mês de novembro trouxe a criação de quatro fundos novos: três da Optimize Investment Partners e um da Caixagest. Nesse mesmo mês foi também liquidado o Patris Acções Europa gerido pela Patris Gestão de Activos.

Em termos de ativos sob gestão, os OICVM e os FIA aumentaram o seu património em 3,3% para mais de 11.714 milhões de euros. Já no segmento imobiliário (FII e FEII) o valor situou-se em 11.377 milhões de euros, um montante mais baixo face ao mês anterior em 0,8%.