Timeless Capital veio “ocupar espaço praticamente não ocupado de aconselhamento”

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A Timeless Capital Advisors está a funcionar em “full power” há cerca de meio ano, prestando um serviço de consultoria independente na gestão de patrimónios direcionado a ‘high net worth individuals’ e a ‘family offices’, que acredita ter potencial para se desenvolver em Portugal.
“Estamos a ocupar um espaço praticamente não ocupado de aconselhamento, vamos criar mercado, mostrar aos clientes que precisam deste serviço”, afirmou Miguel Moser, um dos dois ‘managing partners’ da empresa, à Funds People Portugal. Tal como necessitam de um advogado quando têm um caso em tribunal ou de um contabilista para tratar da contabilidade, compara.
Na CMVM estão registadas mais cinco sociedades de consultoria para investimento além da Timeless Capital Advisors, cuja licença tem cerca de dois anos. "O nosso 'core' é o 'advising' independente, não há conflitos de interesse. O objectivo, e o que já acontece actualmente, é estarmos entre o cliente e o banco, ou seja, o cliente normalmente não é financeiro, reunimos com ele e com o gestor", explica Miguel Ribeiro, também 'managing partner'.
Actuam, sublinha, como "facilitadores da relação cliente/banco". Este serviço permite ao cliente ter noção do "quanto vale em termos integrados o seu património", o conjunto de todos os seus activos e passivos, até porque, em média, "os clientes estão em três, quatro bancos" e existem casos em que a dispersão é grande. "Em termos de exposição / risco, a noção de conjunto é muito imporante", destaca Miguel Ribeiro.
A reestruturação da carteira é "normalmente necessária", por forma a conseguir-se uma "optimização do risco/retorno e dos custos" e é neste acrescento que a Timeless Capital obtém a margem que cobra pelo serviço que presta, refere Miguel Moser. "A nossa filosofia é tentar obter o maior 'upside' conforme os riscos que o cliente está disposto a correr, o ponto base é a preservação de capital", destaca.
Este serviço de 'advising' na gestão de patrimónios destina-se a 'high net worth individuals' e 'family offices', por uma questão "de modelo de negócio, de escala e porque é cobrada uma margem pequena", afirma Miguel Moser. Trata-se de clientes com um nível de poupanças acima de dois milhões de euros e, em média, de cinco milhões, um mercado intermédio "que não está quase coberto", acrescenta, e onde existem, portanto, oportunidades.