Taxas aumentam no leilão de dívida

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Andrea Guerra, Flick, Creative Commons

O Estado português realizou mais um leilão de dívida, desta feita em Bilhetes do Tesouro a 3 e a 9 meses, tendo colocado 1500 milhões de euros.

Os bilhetes do tesouro a três meses tiveram uma taxa maior neste leilão, em relação ao último realizado em setembro passado, já que foram colocados a 1,159% acima dos 1,08% no dia 18 de setembro. Em termos de valor, foi colocado 450 milhões de euros e a procura teve um rácio de 1,8x a oferta.

Para Filipe Silva, director da Gestão de Activos do Banco Carregosa “a procura esteve dentro dos níveis médios para a dívida portuguesa e o Estado conseguiu colocar o total do montante pretendido para esta operação”.

Já a dívida a nove meses, a primeira realizada este ano, colocou no mercado secundário 1050 milhões de euros, a uma taxa de 1,714%. Em termos de procura, foi mais baixa do que os BT a três meses, fixando-se em 1,5 a oferta.

 “As taxas subiram ligeiramente nos 3 meses e nos BT a 9 meses, onde não temos um leilão comparável, poderíamos apenas usar como termo de referência o leilão a 12 meses feito em Agosto deste ano e onde a taxa foi de 1,61%. Não é uma comparação linear, mas podemos concluir que as taxas subiram. Portugal continua a financiar-se a taxas elevadas para o curto prazo, mas com alguma estabilidade. Mesmo na dívida a 10 anos temos assistido a uma estabilidade em torno dos 6,25%”, concluiu Filipe Silva, director da Gestão de Activos do Banco Carregosa.