António Dias, gestor do fundo IMGA Ações América, arranca com um comentário direto. “O mês de julho foi novamente marcado pela disfunção legislativa e pela divulgação de resultados trimestrais por grande parte das empresas”. Segundo o profissional da IM Gestão de Ativos, “72% das empresas que divulgaram resultados bateram as expectativas de resultados líquidos enquanto 20% ficaram aquém”.
O Índice S&P 500 bateu novamente um máximo em julho, valorizando 1,93%. No entanto, este é o quinto mês consecutivo em que o índice mantém uma performance negativa, “mais uma vez penalizado por uma desvalorização do dólar face ao euro (-3,5%)”, segundo a gestora BPI Gestão de Activos.
Ainda segundo a IM Gestão de Ativos, “os setores de cariz tecnológico voltaram a figurar entre os que melhor performance obtiveram em conjunto com o setor de telecomunicações”, o que favoreceu uma valorização das empresas de maior relevo, pois registaram resultados acima do que se esperava.
Contrariamente, o setor dos transportes foi o responsável pela queda do mercado, desvalorizado pelos resultados das empresas de transporte ferroviário de mercadorias.
Quanto ao fundo IMGA Ações América, este “desvalorizou 0,1%, desempenho superior ao seu benchmark”. Ainda assim, foi beneficiado pela “sobre ponderação nos setores de telecomunicações e software” e pela “sub ponderação nos setores automóvel, bancos e serviços de consumo”.
Do lado da BPI Gestão de Activos, o gestor do fundo BPI América reitera que, em termos macroeconómicos, “o mercado laboral continua robusto e o setor manufatureiro em expansão”. A nível setorial, “as empresas tecnológicas destacaram-se, novamente, suportadas pela publicação de resultados positivos”.
Relativamente ao fundo, “a Scripps Network Interactive Inc. foi o título que mais valorizou”, devido aos 28% em ganhos conseguidos no mês de julho, que “foram impulsionados pelo interesse de aquisição da empresa por parte da Viacom Inc. e Discovery Communications Inc”.