Será o momento de voltar às ações europeias?

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Banjo Brown, Flickr, Creative Commons

No segundo trimestre de 2013, e pela primeira vez desde finais de 2011, o PIB europeu registou um crescimento positivo. Além disso, em julho, o índice PMI agregados para toda a Zona Euro ultrapassou a barreira dos cinquenta pontos pela primeira vez num ano e meio, o que indica que a maioria das empresas incluídas no índice, tanto na Alemanha como noutros países europeus, assistiu ao aumento da sua actividade

No entanto, os analistas da Pioneer Investments “não deitam foguetes antes da festa”: “na nossa opinião, os investidores estão há tanto tempo pessimistas relativamente às perspectivas de crescimento da Zona Euro que qualquer sinal positivo, como os registados recentemente, possibilitaram um optimismo moderado”, afirmam no seu último relatório de estratégia. O certo é que a estabilização da Zona Euro está a conduzir muitos investidores a questionar-se se terá chegado o momento de voltar a investir nas empresas do Velho Continente.

Didier Borowski, co-director de estratégia e análise económico da Amundi, mostra-se mais prudent: “As políticas monetárias expansivas e a melhoria do clima económico atraíram capital para os mercados de acções europeus mas os problemas na Zona Euro continuam por solucionar: o crescimento continua a ser frágil e a procura privada (consumo e investimento) continua a cair no sul da Europa”. Para o especialista, “o momento é positivo para as acções europeias mas, tendo em conta o bom comportamento recente, parece-nos que os riscos são cada vez mais assimétricos e esperamos correcções nos próximos meses”.

O sector bancário, chave

Para Pioneer Investments, a melhoria dos dados macro e os bons resultados das empresas contribuíram para o recente ‘rally’ vivido nas bolsas europeias. “É de destacar que o sector bancário, um dos mais expostos às economias nacionais, foi um dos mais beneficiados pelos movimentos de subida. Desde o início do ano, os lucros da banca europeia ultrapassam a média do mercado”. Os especialistas acreditam que os avanços políticos relativamente à união bancária apoiam as perspectivas do sector já que “os investidores gostam que as reformas continuem a progredir, mesmo que lentamente”.