Santander vai manter a marca do banco para os fundos dirigidos exclusivamente à sua rede

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Panorama Mercantil, Flickr, Creative Commons

Ainda a aguardar as respectivas autorizações, ontem era anunciado que a nova gestora global, criada da fusão entre a Santander AM (até à data, nas mãos do Banco Santander em conjunto com os sócios Warburg Pincus e General Atlantic) e a gestora do UniCredit (Pioneer Investments), vai manter o nome desta última.

Não obstante, a ideia é que não desapareça a marca Santander naqueles produtos dirigidos à rede bancária do grupo Santander nos diferentes países. Desta maneira, pretende separar-se os fundos que são exclusivos a clientes da rede Santander daqueles que se distribuem em redes de terceiros ou que estão dirigidos ao mercado institucional e que passarão a estar sob a marca Pioneer. Isto poderá afectar, por exemplo, as gamas de produtos perfilados (como a Select) distribuídos nos diferentes países nos quais o Santander tem um banco comercial ou aos produtos específicos dirigidos ao investidor local nestes mercados.

Com esta decisão, continuar-se-á a seguir a mesma estratégia que a Pioneer Investments tem vindo a manter durante os últimos anos em Itália, onde se podem encontrar vários fundos distribuídos na rede do banco italiano e que têm a marca Pioneer UniCredit. 

No comunicado emitido pelo Banco Santander já foi referido que “os acordos de distribuição a longo prazo com o Santander e UniCredit supõem uma capacidade de distribuição no retalho sem precedentes na Europa e na América Latina, e irão ao e encontro da grande capacidade de distribuição institucional e de terceiros da empresa resultante”. A isto junta-se o potencial de gerar importantes sinergias por via da venda cruzada de produtos complementares.

Segundo as informações da APFIPP de março, em Portugal, a Santander Asset Management gere 2.000 milhões de euros em fundos mobiliários. No que toca à gestão discricionária, no final do terceiro mês do ano, a gestora acumulava um património sob gestão de 5.000 milhões de euros. Os fundos imobiliários a cargo da gestora, por seu lado, atingiram praticamente os 500 milhões de euros, no mesmo mês.Já nos fundos de pensões o volume sob gestão no final do ano passado era de 900 milhões de euros.

A nova Pioneer Investments

A nova Pioneer Investments, empresa resultante desta fusão, contava, a nível global, com aproximadamente 353.000 milhões em ativos sob gestão no final de 2014. Juan Alcaraz, atual CEO da Santander Asset Management, será o CEO da nova entidade, enquanto que Giordano Lombardo, atual CEO e diretor de Investimentos da Pioneer Investments, será o diretor de investimentos da empresa resultante.