Receitas hoteleiras cresceram a dois dígitos em 2016

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Ingolf, Flickr, Creative Commons

A Cushman & Wakefield publicou um novo estudo, onde analisa a atividade turística do ano passado, intitulado Business Briefing Atividade Turística 2017. Os dados apresentados revelam um ano bastante positivo para o setor, que registou receitas superiores a 2,9 mil milhões de euros em 2016, um crescimento de 17% face a 2015. Este resultado deve-se, segundo a publicação, a uma “melhoria constante na qualidade do serviço hoteleiro”, o que contribuiu para “um maior desempenho operacional do sector”. 

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Nota: dados Cushman & Wakefield, Business Briefing Atividade Turística 2017

Em 2016, o número de visitantes fixou-se nos 19,1 milhões de turistas, o que representa um crescimento de 9,8% relativamente ao mesmo período do ano anterior. Nas dormidas foi, também, observado um crescimento de 9,6% em 2016, com um número de dormidas superior a 53,5 milhões. Desta forma, mantém-se a tendência de crescimento do sector iniciada em 2013. Lisboa, Algarve e Madeira foram os que mais contribuíram para o registo de 2016, com um total de 18,1; 13,1 e 7,3 milhões de dormidas, respetivamente.

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Apesar dos três destinos já referidos continuarem a formar o pódio nacional, os Açores e a Região Norte são os destinos que, no ano passado, registaram um maior crescimento na procura. O primeiro destino, com um crescimento de 21%, e o segundo destino, com um crescimento de 13% no número de dormidas, refletem “a mudança gradual que Portugal tem vindo a registar enquanto destino turístico, deixando de ser procurado apenas como um destino de praia e atraindo cada vez mais um público que procura o seu património cultural, histórico e gastronómico”, revela a entidade.

Turistas estrangeiros com maior contribuição para o dinamismo do sector em Portugal

Os turistas estrangeiros, com 72% de dormidas, face a apenas 28% por parte dos portugueses, são os principais responsáveis pelo crescimento registado no ano passado. Inglaterra e Alemanha são os principais mercados emissores, com 24% e 14% de todos os visitantes estrangeiros, respetivamente. Seguem-se os mercados holandês, com 10% e francês, com 6% das dormidas, que “têm vindo a crescer substancialmente nos últimos quatro anos”, pode ler-se na publicação. 

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Nota: dados Cushman & Wakefield, Business Briefing Atividade Turística 2017

Por fim, Algarve, Lisboa e Madeira são as regiões onde se registam as maiores despesas por parte dos turistas estrangeiros, sendo que os dados revelam que foi gasto, em média, 114 euros por visitante estrangeiro em 2016. No total, a despesa dos turistas estrangeiros em Portugal ascende aos 4,37 biliões de euros no ano em questão.