Realocação das carteiras terminou 2013 a ser feita “pró-risco”

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amillionideas, Flickr, Creative Commons

Os investidores terminaram o ano passado menos “adeptos” de fundos conservadores e muito mais inclinados para opções agressivas. Dezembro não foi por isso exceção à regra  e, tal como nos últimos meses do ano, os fundos estrangeiros mais resgatados nas 3 plataformas portuguesas, demonstram isso mesmo.

Exatamente esta “fuga” às opções que já não apresentam os mesmos resultados de antigamente é verificada pelo Banco BiG. “Com os investidores a continuarem focados em fundos de acções, a tendência de realocação das carteiras tem-se traduzido por um aumento de exposição de activos de maior risco em detrimento de fundos mais defensivos”, explica Isabel Soares, gestora de produto da entidade. No BiG a saída dos produtos conservadores é mais do que evidente, e a especialista confirma que “os maiores movimentos em termos de saída têm-se verificado com menores níveis de risco, tradicionalmente fundos de dívida”.

Também esta tendência é sedimentada nos fundos mais resgatados no ActivoBank, onde a saída foi feita em busca do risco. Se os inflows demonstram a boa performance dos índices de países desenvolvidos, os outflows  acontecem “por contrapartida nos fundos de obrigações e de mercados emergentes”, aponta Guilherme Cardoso da entidade.

Como não há duas sem três, também no Banco Best é mais do que notório o alheamento dos investidores no que toca aos fundos mais conservadores. Rui Castro Pacheco, subdiretor de investimentos da entidade, refere por isso que nos resgates continua a assistir-se “essencialmente a saídas em fundos de tesouraria e em fundos de obrigações mais conservadores”.