Os últimos dois anos – com dados de final de março passado – mostram que os fundos nacionais, em termos médios, apresentam uma rendibilidade negativa pouco superior a 1%, em moeda base, segundo os dados publicados pela Morningstar através da sua plataforma online.
Segundo a empresa de análise, nos dois anos anteriores ao final do primeiro trimestre deste ano, existe uma meia dúzia de produtos que conseguem apresentar uma rendibilidade dois dígitos, contrariando – e de que maneira – a média do mercado nacional.
Dos seis produtos que conseguem registar uma rendibilidade superior a 10%, quatro são geridos pela mesma entidade: a Caixagest. O fundo mais rentável no período em análise é o Caixagest Infraestruturas que regista uma rendibilidade anualizada de 14,04%. Trata-se de Fundos de Investimento Alternativo (FIA), que investe no sector europeu de infraestruturas e que tinha, no final de fevereiro, um património superior a 107 milhões de euros.
Com ganhos de 12,92% surge, logo de seguida, mais um FIA da Caixagest. Trata-se do Caixagest Private Equity que tinha no final fevereiro um volume sob gestão superior a 138,5 milhões de euros. Com o foco no segmento de Private Equity, o fundo tinha como maiores posições em carteira a Magnum Capital e ainda o investimento num fundo da casa: o Caixagest Liquidez.
Ações norte-americanas na linha da frente
O primeiro fundo fora da Caixagest que surge na lista é da responsabilidade de Diogo Pimentel da Santander Asset Management e denomina-se Santander Acções América. No período em análise regista uma rendibilidade anualizada, em moeda base, de 12,10% e tinha, no final de março, mais de 34 milhões de euros em ativos sob gestão. Os dados presentes na plataforma da Morningstar mostram que o maior investimento recaia num ETF da iShares – o iShares Core S&P500 – com as maiores cotadas a serem as multinacionais Apple, Exxon Mobil e ainda a Microsoft.
Com ganhos anualizados de 11,77% surge o Caixagest Acções EUA que é gerido pela Caixagest. No final de março o seu património ultrapassava os 83 milhões de euros com o Facebook a ser a cotada preferida. Destaque, também, para o investimento na Comcast, na Apple ou na Visa que seguem logo de seguida entre as maiores posições.
O investimento core no mercado norte-americano, que rendeu dois dígitos de ganhos nos últimos dois anos, termina com o BPI América D, gerido por José Caras-Altas Badalo da BPI Gestão de Activos. No período em questão atinge ganhos de 10,52% mantendo-se na linha frente entre os mais rentáveis. Recorde-se, também, que este produto foi o mais rentável do mercado nacional em 2014.
A lista é fechada com o maior fundo de ações do mercado nacional e aquele que mais captações líquidas registou ao longo dos últimos (largos) meses. Trata-se do Caixagest Ações Líderes Globais, da Caixagest, que atinge uma rendibilidade anualizada de 10,38%.
Os 15 fundos com maiores rendibilidades nos últimos dois anos
Fundo | Gestora | Rendibilidade 2 anos (%) * |
---|---|---|
Caixagest Infraestruturas | Caixagest | 14,036 |
Caixagest Private Equity | Caixagest | 12,922 |
Santander Acções América | Santander Asset Management | 12,102 |
Caixagest Acções EUA | Caixagest | 11,768 |
BPI América D | BPI Gestão de Activos | 10,517 |
Caixagest Ações Líderes Globais | Caixagest | 10,376 |
IMGA Acções América | IM Gestão de Activos | 9,969 |
Caixagest Acções Japão | Caixagest | 9,125 |
IMGA Global Equities Selection | IM Gestão de Activos | 7,854 |
Caixagest Imobiliário Internacional | Caixagest | 6,352 |
Caixagest Obrigações LP | Caixagest | 5,784 |
Montepio Euro Healthcare | Montepio Gestão de Activos | 5,684 |
Montepio Euro Utilities | Montepio Gestão de Activos | 5,557 |
Banif Ásia | Banif Gestão de Activos | 4,873 |
Optimize Europa Obrigações | Optimize Investment Partners | 4,652 |
Fonte: Morningstar a 31 de março. * Em moeda base