Que caminho tomaram os ETF em julho?

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Terra Nova Fondation, Flickr, Creative Commons

No Banco Best, o mês de julho foi “dominado por ETF sobre obrigações, sendo que a liderança continuou tal como em junho, com o ETF iShares Euro Government Bond 15-30yr”, segundo refere Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade. Este produto acompanha um índice de obrigações governamentais investment grade, emitidas pelos Estados membros da União Económica e Monetária (UEM).

É o segundo mês em que este ETF lidera a lista dos mais negociados na plataforma do Banco Best, com a posição seguinte a pertencer ao iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), “que tem sido líder na maior parte do ano”, segunda recorda o profissional da entidade. Este “ETF investe nas 50 maiores empresas da zona euro e tem a componente de distribuição de rendimentos”, recorda Carlos Almeida.

O terceiro ETF mais negociado em julho foi o ETF iShares $ Treasury Bond 1-3 yr UCITS ETF EUR, com o o iShares MSCI Brazil UCITS ETF (Dist) EUR a surgir logo depois. A aparição deste produto que investe no mercado brasileiro “pode refletir um pouco o bom desempenho que este mercado tem vindo a mostrar desde o início do ano”, comenta o profissional do Banco Best.

A fechar o top 5 vem o “iShares Core Euro Corporate Bond UCITS ETF EUR que tenta acompanhar a performance de um índice de obrigações investment grade denominadas em euros,” conclui Carlos Almeida.

 

No caso do ActivoBank, João Graça, revela que se continua a verificar que “a alavancagem é a principal solução de investimento dos nossos clientes”. “O posicionamento em ETFs demonstrou em julho uma quebra na tendência para aproveitar as oscilações das empresas de extração de ouro dos últimos meses, ganhando agora um maior destaque o “Real Estate” e os "Semicondutores”, continua o profissional. Em termos regionais, foram a Alemanha e os EUA que centraram o investimento, através do DAX e do S&P500, os índices que “recolheram a maioria das preferências para investimento".

Os mercados emergentes também se destacaram, com “particular enfoque na China numa perspetiva de que o país consiga atingir a sua meta de crescimento, em virtude dos dados divulgados este mês”.

Já no BiG, depois do Brexit “a viragem do mês trouxe alguns sinais de recuperação”, revela Isabel Soares, gestora de produto da entidade. Segunda a responsável do BiG, “julho ficou marcado pela melhoria no sentimento dos investidores e pelos movimentos de valorização registados na generalidade dos índices acionistas”. Sobre os ETF mais negociados, Isabel Soares enumera as principais diferenças em termos de padrão de negociação: “Os ETF Short cuja procura tinha sido favorecida em Junho pelas correcções registadas na generalidade dos mercados perderam expressividade”. Além deste, as “versões com alavancagem ganharam alguma expressividade” enquanto que “aprocura por produtos que permitam tirar partido de variações positivas no preço das commodities voltou a estar em destaque”, com o ETF United States OIL Fund  a destacar-se nesta temática.