Quais os maiores fundos portugueses de obrigações?

No final de novembro, o mercado nacional de fundos de investimento contabilizado pela Morningstar, somava mais de 11.697 milhões de euros em património. A empresa de análise divide o mercado em vários segmentos, com o maior a ser o que junta os fundos de alocação com mais de 3.576 milhões de euros, sendo seguido pelos fundos ‘fixed income’ com 3.258 milhões de euros.

No segmento de obrigações, a Morningstar encontra cerca de cinco dezenas de produtos, com o maior fundo a ser o BPI Liquidez. Gerido pela BPI Gestão de Activos o produto tinha, no final de novembro, mais de 484 milhões de euros em ativos sob gestão. O produto é, também, um dos que consegue registar maiores captações líquidas em 2015, com o valor a superar os 132 milhões de euros nos primeiros dez meses do ano. Nos primeiros onze meses do ano, a sua rendibilidade é de 0,11%.

Da mesma entidade gestora vem o segundo maior produto ‘fixed income’. Trata-se do BPI Reforma Segura PPR que apresentava um património superior a 403 milhões de euros. Em termos de captações líquidas, tal como o BPI Liquidez, também este fundo se tem vindo a destacar ao longo de 2015. Mais precisamente, o saldo entre subscrições e resgates, nos primeiros dez meses do ano, foi de 122 milhões de euros.

O pódio fecha com um fundo gerido pela da IM Gestão de Ativos: o IMGA Extra Tesouraria III. No final de novembro os seus ativos sob gestão ascendiam a 304 milhões de euros. Repare-se que este produto conseguiu, só no mês de outubro, ter captações líquidas positivas na ordem dos 18,8 milhões de euros.

Acima de 200 milhões de euros ainda figuram dois produtos: o Banif Gestão Passiva e Caixagest Obrigações. O primeiro é da responsabilidade da Banif Gestão de Activos e tem um património de 254 milhões de euros. O produto é um Fundo de Investimento Alternativo em valores mobiliários fechados e foi criado há cerca de cinco anos pelo Banco Privado Português (BPP).

Relativamente ao segundo, este é gerido pela Caixagest e no final do décimo-primeiro mês do ano, geria mais de 244 milhões de euros. Em termos de captações líquidas, em 2015 o fundo regista mais de 72 milhões de euros nos primeiros dez meses do ano e, até final de novembro, apresenta uma rendibilidade de 0,52%.

Um fundo consistente entre os últimos quatro grandes

Embora com patrimónios inferiores, ainda de salientar são mais quatro produtos cujo volume sob gestão ultrapassa os 100 milhões de euros.

O primeiro é o CA Rendimento, da CA Gest, que gere um património na ordem dos 185 milhões de euros. Este foi um dos fundos considerado pelas analistas da Funds People, num livro recém publicado, como um dos fundos consistentes em termos de rendibilidade e risco do mercado português. Dizem as analistas que se trata de "uma gestão conservadora em termos de duração a fim de evitar as quedas". A parte estrutural do fundo, que representa mais de 50% da carteira, está investida em obrigações de taxa variável, já que no entender do gestor Fernando Nascimento, é onde o risco taxa de juro é mais limitado. O património restante, a parte ativa, é gerido de forma dinâmica procurando acrescentar rendibilidade adicional através da exposição a dívida corporativa. 

Os restantes três fundos que se inserem neste rol dos maiores fundos portugueses da categoria fixed income da Morningstar são o IMGA Euro Taxa Variável, da responsabilidade da IM Gestão de Ativos, o Santander Multitesouraria da Santander Asset Management e BPI Euro Taxa Fixa da  BPI Gestão de Activos. O primeiro gere 142 milhões de euros em património, o segundo 114 milhões de euros e o terceiro tem sob gestão105 milhões de euros.

Os 20 maiores fundos ‘fixed income’ do mercado nacional

Fonte: Morningstar no final de novembro

* Fundo fechado