Quais os fundos que superam 1% de rendibilidade nos últimos seis meses?

Entre abril e outubro os fundos de investimento têm estado de “mau humor”. De acordo com os dados publicados pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP, foram cerca de 20, os produtos que conseguiram ter resultado positivo nos seis meses anteriores ao final de outubro. Esses fundos representam cerca de 10% do total do mercado nacional e tiveram uma rendibilidade média de 0,97%.

Entre os produtos com evolução positiva, apenas seis conseguiram apresentar uma rendibilidade superior a 1%, e partilham uma característica comum entre todos: o investimento em ações. De facto, entre os seis fundos que superam essa barreira, dois investem especificamente num sector, outros dois 'apostam' no mercado acionista norte-americano e os restantes aparecem classificados como “outros fundos de ações internacionais”.

Ações sectoriais no comando

Os dois fundos que lideram a lista partilham algumas características. Ambos são fundos sectoriais geridos pela Montepio Gestão de Activos e registam uma valorização superior a 4%. Com uma rendibilidade de 4,68% figura o Montepio Euro Utilites. O fundo apresenta um património superior a 11 milhões de euros e nas maiores posições em carteira encontramos a National Grid, a ENEL, a Iberdrola e ainda a Engie. Todas estas empresas são ligadas ao sector energético.

Já com 4% surge o Montepio Euro Telcos. Com o investimento focado no sector europeu das telecomunicações, encontramos em carteira alguns dos gigantes dessa área, como é o caso da Deutsche Telekom, da Vodafone, da Orange e da Telefonica. A sua carteira tem mais de seis milhões de euros em ativos sob gestão e além de integrar esta lista, também lidera o mercado nacional nos últimos doze meses.

Foco do outro lado do oceano

Os dois fundos seguintes investem, ambos, na América do Norte: o Santander Acções América e ainda o Caixagest Acções EUA. O primeiro é gerido por Diogo Pimentel da Santander Asset Management e regista uma evolução no período em causa de 2,19%. Com mais de 30 milhões de euros em património o fundo tem como maiores posições a Apple e a Exxon Mobil, além do ETF iShares Core S&P 500. Realce para o facto deste produto ter sido galardoado na primeira edição dos prémios Diário Económico/APFIPP na categoria de melhor fundo de ações americanas.

O segundo está sob responsabilidade da Caixagest e regista uma subida de 1,92%. O seu património ascende a 90 milhões de euros e nos maiores investimentos encontramos a Apple e ainda a Alphabet (ex-Google). Este fundo tem sido um dos maiores destaques ao longo dos últimos anos, já que lidera o mercado a cinco anos e foi, também, o fundo mais rentável do mês passado.

Pelo mundo fora

Os outros dois produtos investem em diferentes geografias, apesar de se focaram na mesma classe de ativos - ações - e serem os dois da responsabilidade da Caixagest. Com uma rendibilidade de 1,49% aparece o Caixagest Acções Japão que gere um património de 16 milhões de euros. Foi o segundo produto com melhor performance em outubro e tem em carteira a parte financeira da Mitsubishi e ainda as multinacionais Yamaha e Sony.

Com uma subida de 1,38% figura o maior fundo de ações do mercado nacional: o Caixagest Ações Líderes Globais. Entre os maiores investimentos encontramos as norte-americanas Alphabet, Nike e McDonald’s e ainda as europeias Nestlé, L’Oreal e LVMH.

Os fundos com rendibilidades positivas nos últimos seis meses

Fonte: APFIPP no final de outubro