PSI 20 quebra ciclo de ganhos e volta ao vermelho

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Artemuestra, Flickr, Creative Commons

Após nove sessões consecutivas de crescimento, o índice português voltou esta terça-feira às quedas, tendo desvalorizado 0,84% para os 6.347,410 pontos. Nas restantes congéneres europeias o sentimento foi contrário: Paris cresceu 0,43%, Frankfurt 0,9% e Madrid foi a única a desvalorizar 0,25%.

Na NYSE Euronext Lisboa o cenário foi praticamente de quedas, já que apensas duas empresas cotadas encerraram a valorizar, e outras 2 mantiveram os seus valores inalterados.

Marisa Cabrita, da Orey Financial, refere que o "PSI20 em conjunto com o Ibex35 fecharam em contraciclo com as restantes praças. O PSI20 encerrou a cair 0.84%. O Banco Espírito Santo, Banco BPI e Portugal Telecom foram os pesos pesados a liderar as quedas. Tanto o BES como a Galp foram penalizados pelas expectativas de alguns analistas sobre a possível deterioração de resultados nos primeiros nove meses do ano. A EDP e Jerónimo Martins encerram com ganhos ligeiros.”

O setor bancário foi sem dúvida o mais “fustigado” pelas desvalorizações, e dos que mais contribui para o pior desempenho do PSI 20. O BES encerrou a cair 2,83% para os 0,961 euros, enquanto o BPI desvalorizou 2,46% para os 1,073 euros. O BCP, por outro lado, caiu 0,92% para os 0,108 euros.

Na energia foi onde se registou um dos “resistentes” se conseguiu manter no verde: a EDP conseguiu crescer 0,56% para os 2,690 euros, enquanto a renováveis manteve os mesmos valores da sessão passada. A Galp e a REN, por seu lado, registaram quedas praticamente iguais, na ordem dos 0,50%.

Nas telecomunicações outro dos pesos pesados não conseguiu segurar-se no verde: a PT caiu 2,16% para os  3,620 euros. Também no vermelho, a Sonaecom desvalorizou 1,44%, enquanto a Zon Optimus caiu 1,46%.

A Jerónimo Martins foi outra das resistentes do dia, valorizando 0,17% para os 14,850 euros. Um final de sessão distinto da concorrente Sonae SGPS que encerrou a cair 0,48%. 

Numa perspetiva mais macro, Marisa Cabrita acrescentou ainda que "as acções europeias subiram pelo nono dia consecutivo, animadas pela publicação de dados do mercado laboral nos EUA que vieram contribuir para a consolidação das expectativas de que a FED mantenha por mais tempo o programa de quantative easing."