PSI 20 fecha a sessão desta quinta-feira a perder cerca de 2%

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Artemuestra, Flickr, Creative Commons

"O dia de hoje, nos mercados accionistas, foi marcado por uma divergência de comportamentos entre os diversos índices Europeus. Se por um lado as acções alemãs e a maioria dos índices do Norte da Europa, tiveram uma performance marcadamente positiva graças  aos comentários de ontem do presidente da Reserva Federal Norte Americana, já os índices dos países do Sul da Europa tiveram um comportamento mais modesto, fruto do reacender da incerteza política em Portugal. As declarações do presidente da FED, Ben Bernanke,  foram no sentido de que a política monetária Norte Americana, irá continuar a ser excepcionalmente expansionista durante um longo período de tempo", referiu Rui Barbara, da área de gestão de activos do Banco Carregosa.

Assim, esta quinta-feira, a bolsa portuguesa ressentiu-se do impasse político, fechando a cair 2,01% para os 5.423,29 pontos. As congéneres europeias andaram em sentido contrário tendo Madrid fechado a subir 0,45%, enquanto as valorização de Paris e Frankfurt oscilaram entre os 0,74% e 1,14%, respectivamente.

Na NYSE Euronext Lisbon, apenas três títulos subiram na sessão de hoje: Espirito Santo Financial Group que avançou 0,697% para os 5,198 euros, a Portucel que subiu 1,449% para os 2,590 euros e a Semapa que progrediu 1,473% para os 6,750 euros.

O sector bancário foi o mais penalizado tendo o Banif caído 13,333% para os 0,052 euros e BCP recuado 7,527% para 0,086 euros. O BPI desceu 6,543% para os 0,857 euros e BES encerrou em queda de 4,944% para 0,596 euros.

Nas telecomunicações, o cenário também foi de descidas. A Zon Multimédia desvalorizou 1,357% para 3,708 euros enquanto a PT fechou a cair 1,305% para 2,799 euros. A Sonaecom deslizou 3,736% para os 1,546 euros.

No sector da energia nada se alterou e todas as empresas fecharam  em terreno negativo. A EDP Renováveis desceu 1,500% para os 3,940 euros, a Galp desvalorizou 1,457% para os 11,500 euros e a REN perdeu 1,375% para os 2,152 euros. A EDP foi a menos penalizada do sector, deslizando 0,524% para os 2,468 euros.

A construtora Mota-Engil desceu 4,781% para os 2,390 euros. Entre as empresas do retalho, a Jerónimo Martins também encerrou no vermelho, descendo 0,474% para os 15,735 euros. A sua principal concorrente, Sonae SGPC, fechou em queda de 5,007% para os 0,702 euros. 

Do lado das obrigações, as 'yields' subiram em todas as maturidades reagindo ao cenário de incerteza político do pa´si. A 'yield' das Obrigações do Tesouro a 10 anos situa-se nos 6,90, tendo registado uma subida de 1,98%.