Propensão ao risco também nos Exchange Traded Funds

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kerstin_d, Flickr, Creative Commons

A lista de ETFs mais negociados durante o mês de março no Banco Best, voltou a evidenciar o interesse dos investidores pelas empresas de pequena e média capitalização. Carlos Almeida, head of trading da entidade, indica precisamente que “o investimento na Europa mantém-se em destaque, com a selecção de dois ETFs que investem no sector de small e mid cap”. São eles “da sociedade gestora BlackRock - o ETF iShares STOXX Europe Mid 200 UCITS ETF (DE), que replica a performance das 200 empresas de média capitalização do índice STOXX Europe 600, maioritariamente  em empresas do Reino Unido e  França”, e “da sociedade gestora Lyxor Asset Management - o ETF Lyxor ETF MSCI EMU Small Cap que investe essencialmente no sector da Indústria e sector financeiro das principais empresas pertencentes à EMU (European Economic and Monetary Union)”. Outra das tendências assinaladas pelo profissional do Best, foi “a procura por investimento nas acções do Japão,  ocupando o ETF iShares MSCI Japan EUR Hedged UCITS ETF um lugar de destaque, dado que permite o investimento no mercado nipónico com cobertura cambial”. Também o sector biotecnológico voltou a revelar-se como um dos preferidos, “através do ETF iShares Nasdaq Biotechnology”. No mês de março outra preferência assinalada é a “procura por  acções de empresas farmacêuticas com a selecção do ETF da Invesco - PowerShares Dynamic Pharmaceuticals Portfolio, que concentra o investimento nas 30 maiores empresas americanas relacionadas com a área da industria farmacêutica.”

 

 

No Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, refere que no decorrer do mês de Março se voltou “a assistir a uma forte negociação de activos com maior nível de risco”. Assim, “a lista de ETFs mais negociados reflecte exactamente esta tendência: 8 dos ETFs visam a replicação de índices do mercado acionista, enquanto os restantes 2 permitem exposição a commodities (nomeadamente ouro e gás natural)”. Novidade na plataforma foi o facto de “nos ETFs com exposição aos mercados ibéricos, os volumes negociados no lado das vendas superaram os inflows pela primeira vez em vários meses”. Tal tendência, para Isabel Soares, “poderá indiciar uma preocupação com a realização de mais-valias por parte de alguns investidores”. Ao nível dos ETFs com exposição a mercados emergentes, mais precisamente aos que estão expostos aos mercados de Singapura e Rússia, “os volumes negociados no lado da compra superaram largamente os outflows registados”. Isabel Soares acrescenta que “a temática Rússia despertou o interesse de alguns investidores com forte propensão ao risco que viram nos mínimos registados na bolsa, em consequência das tensões entre a Rússia e a Ucrânia, uma oportunidade interessante em termos de investimento”. Em conclusão, a profissional indica que “à semelhança dos meses anteriores, os 10 produtos apresentados são Long e permitem, por isso, beneficiar num cenário de apreciação do mercado”.

 

 

No ActivobankJoão Graça, indica que se continua a “assistir aos mesmos veículos” que são utilizados pelos clientes da plataforma, sobretudo como alocações táticas de curto-prazoconsoante a maior ou menor volatilidade dos seus subjacentes”. Durante o mês de março, o profissional refere também que “o Comstage sobre o PSI 20 assumiu o 3º lugar em volume.”