Preço do petróleo deu o mote para os ETFs mais negociados em janeiro

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anekphoto, Flickr, Creative Commons

No mês de janeiro, no BiG, Isabel Soares dá uma explicação sobre o que se passou no panorama dos ETFs: “os períodos marcados por elevados níveis de volatilidade e incerteza tendem a favorecer a negociação de ETFs face a outros produtos. Janeiro não foi exceção”. Segundo a gestora de produto da entidade, foram muitos os investidores a apostar neste tipo de produtos durante o mês de janeiro, de forma a posicionarem-se no período. “A negociação de ETFs que permitem tirar partido de movimentos de  desvalorização no mercado (versões short) ganhou expressividade. Ainda assim, a generalidade de produtos mais negociados continua a contemplar maioritariamente versões long”. A profissional destaca também que “os ETFs de acções, com maior incidência nos produtos com exposição geográfica à região europeia, continuam a ser amplamente procurados pelos investidores”. Tal como em períodos anteriores, “subjacentes como o DAX, EuroStoxx 50 ou IBEX continuam em destaque (os ETFs ETFs iShares Core DAX UCITS ETF, iShares Euro Stoxx 50 UCITS ETF, Lyxor ETF IBEX 35 voltaram a registar volumes consideráveis com especial predominância no lado das compras)”. Outro dos temas dominantes em janeiro, na plataforma, foi o investimento “em produtos que tenham como objectivo replicar a evolução do preço do petróleo”. isabel Soares explica que “a perspectiva de que a manutenção do preço desta commoditie em níveis tão baixos possa ser insustentável durante muito tempo, tem justificado alguns posicionamentos neste segmento favorecendo, desta forma, a negociação de ETFs que permitam tirar partido de eventuais movimentos de valorização no preço do petróleo”.

No caso do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, indica que em janeiro a procura de ETFs aconteceu por duas vias. Por um lado, os clientes procuraram mais “ETFs com distribuição”, dando  por outro lado destaque aos ETF “que procurem refletir as alterações no valor bruto do petróleo”. Exemplificando fala do ETF da “sociedade gestora iShares BlackRock - o iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que investe nas 50 maiores empresas da zona euro, com incidência nos sectores financeiros e industrial e com maior foco em França, Alemanha e Espanha”. O segundo ETF mais negociado no passado mês, diz, “tem o seu foco no investimento direto nas 500 maiores companhias dos EUA ,assim como o ETF líder deste mês, este ETF também tem distribuição trimestral”. Num terceiro patamar fala de um “terceiro um ETF que não tem aparecido neste top de ETF mais negociados”. Contudo, “em virtude do comportamento do petróleo nos últimos tempos”, o produto  “suscitou o interesse dos investidores”. Fala do “PowerShares DB Oil Fund”.  O quarto ETF mais negociado “foi o iShares MSCI Europe UCITS ETF (Acc) EUR que visa acompanhar um índice composto por empresas de países desenvolvidos da Europa, com especial foco em empresas do Reino Unido, França, Suíça e Alemanha”. Por último, Carlos Almeida refere que “encontramos um ETF que acompanha o desempenho de um índice composto pelas 30 maiores e mais negociadas empresas alemãs cotadas no segmento Prime da Frankfurt Stock Exchange”.

No caso do ActivoBank, João Graça, começa, como habitual, por referir que “a alavancagem é a principal solução de investimento dos nossos clientes”. Face ao mês anterior denotaram semelhanças de posicionamento.  “Novamente, a perspetiva de correção nos mercados emergentes em geral, mas em particular na China”, foi uma das tendências denotadas. A nível sectorial, “os investidores continuam a apontar para a tendência negativa no sector energético”. O profissional destaca “a entrada para o top do Lyxor Ibex 35 Doble Inverso Diario, uma opção de investimento que surgiu agora com a incerteza em torno da formação de governo em Espanha”. Por outro lado, “continua a preferir-se os mercados desenvolvidos para a aposta no crescimento, mais concretamente Europa e Estados Unidos”. No que toca a índices, “recai a escolha no DAX e Euro Stoxx 50 para quem prefere a Europa e S&P500 e Nasdaq para os investidores que dão a preferência aos Estados Unidos. Em termos sectoriais a preferência recai no sector financeiro e tecnológico”.