Pouca liquidez e volatilidade

Com o mercado português ainda a digerir o que se passou com o Grupo Espírito Santo, a semana que agora termina foi parca em acontecimentos relevantes, com o foco a ir para os fracos dados macro na Europa que deixam antever um abrandamento da recuperação.

O contexto macro na União Económica e Monetária começa a dar vários sinais de fraqueza.

É claro que ainda é muito cedo para avaliar o impacto das medidas recentemente lançadas pelo BCE mas o que parece óbvio a todos é que a recuperação económica no velho continente perdeu tracção no segundo trimestre do ano e as pressões deflacionistas continuam a ser uma ameaça. 

Da periferia da Europa para as maiores economias da zona euro esses sinais são claramente um motivo de preocupação. Itália em recessão, Alemanha com os indicadores de confiança a descerem sugerindo um abrandamento - veja-se que o Zew Alemão surpreendeu em baixa com as tensões geopolíticas e o seu impacto na Europa a minar a confiança dos investidores - assim como França a apresentar fracos indicadores, indiciam uma frágil recuperação o que deverá levar o BCE a tomar mais medidas no sentido de aliviar a pressão da deflação e afim de fomentar o crescimento do crédito.

No restante nada de especial a salientar num mercado típicamente de verão, com pouca liquidez e volatilidade.

(Imagem de uchiuska, Flickr, Creative Commons)