Portugal volta a sorrir às agências de rating

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Sébastien Bertrand, Flickr, Creative Commons

Depois da Fitch Ratings ter alterado o seu Outlook sobre Portugal para “positivo” e de nos últimos dias ter afirmado que a “saída limpa não quer dizer fim do ajustamento”, a Standard & Poors (S&P) e a Moody's também já vieram comentar a situação nacional. A Moody's elevou a notação de rating de Portugal em um nível, passando de "Ba3" para "Ba2" e coloca em hipotese uma subida adicional. Já S&P alterou o Outlook para Portugal, passando de “negativo” para “estável” com o rating da dívida soberana de longo prazo a manter-se em “BB”, ou seja, em nível especulativo.

A Moody's subiu um nivel e justifica essa subida com o facto de "Portugal ter melhorado mais rapidamente do que o previsto" e também devido à sua perspetiva de que o rácio da dívida pública vai começar a dimininuir. Também o défice orçamental teve impacto na mudança operada pela Moody's já que "foi reduzido eu um ponto percentual do PIB acima do que estava previsto".

Na S&P, a decisão de alterar a perspetiva para o País surge depois de ter sido conhecida a forma como Portugal vai sair do programa de ajustamento da troika, acrescentando ainda que “o mercado laboral e a economia do País estão a recuperar mais depressa do que era esperado“. A agência de notação financeira destaca que o desempenho da economia superou as suas expectativas, e que o PIB deverá crescer em 2014 e 2015 numa média a rondar os 1,4%.

Almofada financeira ajuda

A almofada financeira que foi criada nas últimas semanas “deverá proteger Portugal de qualquer turbulência que aconteça no curto prazo nos mercados”, afirma a S&P. Ainda assim, a entidade dá especial atenção ao facto das “necessidades financeiras para os próximos anos serem muito elevadas”. No entanto, a agência alerta ainda que a “dívida pública se pode tornar insustentável, já que atualmente representa 129% do PIB”. Já a Moody's destaca que "Portugal conseguiu criar uma almofada financeira considerável".