Portugal, país de obrigações

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Paolo Camera, Flickr, Creative Commons

Apenas atrás da Noruega e da Alemanha. Portugal é o terceiro país dos catorze presentes no estudo da Mercer “Asset Allocation Survey” onde a presença das obrigações é maior na alocação de ativos da carteira de investimento dos fundos de pensões. Em termos numéricos, a presença das obrigações nas carteiras em Portugal atinge os 63%, abaixo dos 67% na Noruega e dos 65% na Alemanha. Olhando para o mapa de todos os países, podemos verificar que a Bélgica, Irlanda e Suécia preferem os investimentos em ações nas suas carteiras dos fundos de pensões, com valores acima de 40%. Do lado oposto aparece a Alemanha com apenas 14%. Já os produtos imobiliários têm uma grande presença nos fundos de pensões da Suíça com 14% da carteira.

Portugal, essencialmente doméstico

Em termos de produtos específicos, as obrigações estatais domésticas dominam em Portugal com 54% da carteira, se pensarmos em taxa fixa. Com 36% da carteira aparecem as “Non-domestic government bonds”. Em ambos os valores, Portugal apresenta dados acima da médias dos catorze países analisados, com a primeira categoria a representar 33% e a segunda 31%, em termos médios.

“Bolo” cresceu 100 mil milhões

Em relação ao estudo do ano passado, o valor total dos ativos dos fundos de pensões cresceu 100 mil milhões de euros para os 850 mil milhões de euros, divididos em cerca de 1.200 produtos analisados. A maior fatia do bolo vai para o Reino Unido com 43%, seguido da Alemanha com 15%, e da Noruega com 8%. Portugal fica no fundo da tabela, com 2% do valor total, ainda assim acima de Espanha, Suíça e Bélgica.

Países presentes no estudo: Reino Unidos, Alemanha, Noruega, Finlândia, Dinamarca, Suécia, Holanda, Itália, França, Irlanda, Portugal, Espanha, Suíça e Bélgica