Pequeno guia para entender os fundos que distribuem 'dividendos'

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Sarajea, Flickr, Creative Commons

Qual a diferença entre um fundo de distribuição de um de acumulação? Na realidade, são duas faces da mesma moeda: as políticas de investimento que se aplicam ao fundo são as mesmas para ambas as classes, a única diferença é a maneira como se remunera o participante, segundo publicou, recentemente, o jornal económico espanhol Expansión.

Na classe de acumulação, as receitas que se obtêm por revalorização e os rendimentos dos ativos – no caso das obrigações, por meio dos cupões e da subida dos preços e, nas ações, pelo pagamento de dividendos ou subida das cotações – somam-se ao património preexistente, de tal maneira que o participante sai beneficiado das ditas receitas quando resgate as unidades de participação do fundo. Pelo contrario, os fundos de distribuição caracterizam-se pela entrega de um rendimento periódico; dependendo do fundo, essa retribuição pode ser paga anual, semestral, trimestral ou mensalmente.

Este tipo de fundos ganhou fama entre alguns investidores, especialmente, pela sua aproximação ao seu conceito dos depósitos. Num momento em que a remuneração obtida nos depósitos bancários está longe das taxas oferecidas no passado, os fundos de distribuição constituem um caminho alternativo para aqueles que gostam de receber rendimentos periódicos. Segundo especialistas, o rendimento médio se pode conseguir na atualidade através de um fundo de distribuição oscila entre os 4% e 5%, em função do universo de investimento do produto. Além disso, têm como uma vantagem extra o facto do montante mínimo de investimento inicial ser normalmente mais baixo do que o requerido nos depósitos para uma remuneração do mesmo nível.

Entre as gestoras que apostaram nos últimos anos por este tipo produtos destacam-se grandes nomes como a BlackRock, a Pioneer Investments ou a J.P. Morgan Asset Management. Esta última, uma das pioneiras em fundos de distribuição, conta com o emblemático JP Morgan Global Income, que completa no mês de dezembro cinco anos. Este fundo foi desenhado para otimizar a geração de rendimentos e distribui um pagamento trimestral. Além disso, outro fundo destacado pela gestora e que tem um grande sucesso nas plataformas é o JP Morgan Income Opportunity, um fundo de obrigações, flexível e com uma gestão do tipo retorno absoluto. Da Pioneer Investments, a recomendação tem recaído sobre o Pioneer Funds – European Equity Target Income como uma forma de posicionamento estratégico olhando para 2014 de forma a ter exposição ao mercado acionista europeu mas otimizando resultados.

Os mais rentavéis

Tendo em conta que a distribuição é uma opção e não uma classe de investimento em si mesma, de forma a encontrar aqueles os produtos mais rentáveis é necessário realizar uma seleção atendendo às várias classes de ativo presentes no mercado. Assim, dentro dos fundos de obrigações soberanas em euros, aqueles que apresentam melhor comportamento desde o início de 2013 são o DWS Invest Euro-Gov Bonds LD e o Schroder ISF Euro Gov Bond C Inc. O primeiro gerido pela Deutsche Asset and Wealth Management, sobe cerca de 5% este ano e o segundo, da Schroders, regista uma valorização entre os 2% e 3%. Ambos entregam os seus respetivos rendimentos com uma periodicidade anual, segundo dados da Morningstar.