Participação da banca privada na indústria brasileira de fundos aumenta mais de 20% em 2012

2883635658_e262432402
Eduardo Návega, Flickr, Creative Commons

Os activos sob gestão em fundos de investimento, no Brasil, apresentam como investidor principal o segmento institucional com 38,3% do total de activos (2.208 mil milhões de reais, Novembro 2012). Seguem-se as empresas com 16,2% e os segmentos 'private' e retalho com 14,6%. Neste sentido, a banca privada equipara-se ao retalho, apresentando um crescimento entre 2011 e Novembro de 2012 de 23,4% (dos 261 mil milhões de reais para os 322 mil milhões de reais). A evolução da participação do retalho é mais modesta, 13%, passando dos 318,4 mil milhões de reais para os 323 mil milhões de reais.

Desde 2008, que o segmento da banca privada tem apresentado um aumento significativo nos activos na distribuição destes por tipo de investidor, de acordo com o Boletim ANBIMA de Janeiro. A variação do volume de activos entre 2008 e 2012 foi de mais 117,6%. Este aumento poderá estar associado, por um lado, aos bons dados macroeconómicos do país com a melhoria dos rendimentos das famílias como, por outro lado, a uma maior apetência dos investidores do segmento 'private' por activos mais diversificados e sofisticados que podem oferecer retornos mais favoráveis face ao cenário de baixa de taxas de juros.

Este crescimento traduz, ainda, uma oportunidade de negócio para as entidades estrangeiras que a este chegam e onde estão a desenvolver serviços específicos para este segmento de clientes. Ao longo de 2012, assistiram-se a diversas operações por parte de bancos privados suiços no sentido de reforçar a sua presença/actividade no Brasil e, em geral, na América Latina.