Desde de início de 2004 até final de 2013 que muito aconteceu nos mercados financeiros, tanto em Portugal como no Mundo. Mudanças de governo, instabilidade das taxas de juro, a crise do sub-prime, a falência do Lehman Brothers ou o problema da dívida soberana foram apenas alguns dos acontecimentos mais marcantes. No período 2004-2013 os 113 fundos de investimento em análise tiveram que se adaptar a todos os acontecimentos, o que lhe valeu numa rendibilidade média anualizada de 2,094%, de acordo com dados da Morningstar. A mediana foi acima da média (2,034%) o que justifica o facto da skewness estar em 0,86. Já o desvio-padrão foi de 1,78%.
Oriente traça o caminho
O Caixagest Acções Oriente, da Caixagest, foi o produto que obteve a melhor rendibilidade anual no período analisado. Com os ganhos a situarem-se nos 9,03% e a fechar o ano de 2013 com quase 19,5 milhões de euros sob gestão, o fundo tem as principais referências em carteira a virem da Austrália, tais como a BHP Billiton, a Suncorp ou ainda o Commonwealth Bank of Australia.
O segundo lugar pertence ao fundo da BPI Gestão de Activos que investe no Brasil, o BPI Brasil. Com mais de 67 milhões de euros sob gestão no final do ano passado, o produto conseguiu dar aos seus subscritores uma rendibilidade anual de 7,49% nos últimos dez anos. Nas principais posições do fundo podemos encontrar dívida estatal do Brasil e algumas empresas como a BB Seguridade Participações ou a Mills Estruturas e Servicos de Engenharia.
O top 3 é encerrado com o Invest AR PPR da Invest Gestão de Activos que conseguiu uma valorização de 7,08% por ano na última década. O fundo tem quase 4 milhões de euros sob gestão e em carteira o destaque vai para os dois ETF da iShares (Euro Stoxx 50 e Stoxx Europe 50) e ainda para dívida soberana de países como Espanha, Portugal e Irlanda.
Em quarto lugar vem o ES Obrigações Europa Euro, da ESAF, com uma valorização anual de 6,83% e mais de 48 milhões de euros sob gestão. Acima de 5% de rendibilidade média anual, aparecem os fundos Millennium Mercados Emergentes (subida de 5,48%) da Millennium Gestão de Activos e ainda dois fundo da ESAF: ES Mercados Emergentes (5,48%) e o ES PPR (5,14%).