Os fundos que mais sobressaem em 2016

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Suarez Leandro, Flickr, Creative Commons

Volatilidade, Brexit e mercado intermitentes, foram algumas expressões utilizadas para caracterizar os primeiros sete meses do ano. Segundo os dados publicados pela Morningstar, através da sua plataforma online, os cerca de 180 fundos nacionais registam uma rendibilidade média de 0,6%. Em termos de enquadramento, o PSI-20 regista uma desvalorização a rondar os 10% no mesmo período, enquanto que o MSCI World atinge, em euros, uma valorização de 0,59%, em linha com a média dos fundos nacionais.

De todos os fundos nacionais, existem cinco que conseguem superar a barreira dos 10%, em euros, nos primeiros sete meses do ano. O “camisola amarela” é o BPI Metais Preciosos que é da responsabilidade da BPI Gestão de Activos. Este produto regista ganhos de 68,49% no período em questão e trata-se de um fundo cujo objetivo principal é proporcionar aos seus participantes “o acesso a um cabaz diversificado de metais preciosos (Ouro, Prata, Platina e Paládio), através da exposição a fundos de terceiros, ETF, derivados cotados e obrigações estruturadas”. O fundo investe em matérias-primas, que foi o tema da última conferência realizada pela Schroders em Lisboa, com Matthew Michael, product manager de dívida de mercados emergentes e commodities da entidade, a afirmar que “as commodities resultam bem num contexto inflacionário, visto que sendo um componente importante do cabaz de preços, formam a própria inflação”.

Brasil “Olímpico”

Os restantes quatro fundos que registam uma rendibilidade superior a 10%, em 2016, investem no mercado brasileiro. O país que recebe a partir de amanhã os Jogos Olímpicos tem dado aos investidores nacionais ‘diversas medalhas de ouro’. Por exemplo, o MSCI Brazil, em euros, valorizou no período mais de 53% enquanto que o Bovespa cresceu mais de 32% em moeda local.

Com uma valorização de 44,86%, em euros, surge o fundo BPI Brasil Valor que, tal como o líder, é gerido pela BPI Gestão de Activos. No final de junho geria cerca de 1,5 milhões de euros, com as ações a dominarem mais de 90% da carteira, com destaque para as ações preferências do Bank Bradesco, seguido da CETIP e da Petrobras.

Logo depois vem mais um fundo da BPI Gestão de Activos. Trata-se do BPI Brasil que em 2016 regista um crescimento de 33,43%, em euros. Com quase 29 milhões de euros em volume sob gestão, o fundo tem como maiores posições em carteira títulos de dívida pública do país “canarinho”. Ainda assim, mais de 60% da carteira está alocada a ações.

Ainda na casa dos 30% vem mais um fundo, desta feita sob alçada da GNB Gestão de Ativos. Trata-se do NB Brasil que é gerido por Ricardo Santos e que atinge ganhos de 30,41%, em euros, em 2016. No final de julho o seu património ultrapassava os 1,6 milhões de euros, com a dívida pública a dominar os maiores investimentos em carteira.

Destaque, ainda, para o Banco BIC Brasil, que é da responsabilidade da Dunas Capital, e que no período em análise atinge uma rendibilidade de 10,43%, em euros. Com cerca de 10 milhões em carteira, o fundo tem como principal investimento dívida pública do país, seguido de um ETF gerido pela iShares, no caso o iShares MSCI Brasil Capped.

Os 15 fundos que se destacam em 2016

Melhores 2016 ate julho

Fonte: Morningstar no final de julho