Os fundos ‘fixed income’ que se destacaram em junho

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Terra Nova Fondation, Flickr, Creative Commons

O último mês do primeiro semestre do ano mostrou-se pouco favorável para a indústria de fundos de investimento em Portugal. De acordo com os dados disponibilizados pela Morningstar, através da sua plataforma, os cerca de duzentos produtos registaram uma rendibilidade média em junho de -2,13%.

Os fundos que avançaram no período foram apenas treze, sendo que desses somente dois são considerados de obrigações pela Morningstar. O fundo de obrigações mais rentável foi o Montepio Obrigações, seguido do Millennium Extra Tesouraria III.

O produto que é gerido pela Montepio Gestão de Activos obteve uma performance de 0,32%, sendo o sétimo fundo mais rentável do mês passado. No final de junho o fundo geria mais de 9 milhões de euros, com a maior fatia da carteira a pertencer a dívida soberana nacional. Nas posições seguintes encontramos títulos de dívida corporativa de entidades como o BCP, Unicredit ou HSBC. De acordo com o prospeto do produto, presente na CMVM, o “fundo deterá no mínimo 2/3 do seu valor líquido global investido, diretamente ou indiretamente, em obrigações”. A carteira do produto pode incluir, também, “ativos de mercados emergentes (América Latina e México), cotados numa bolsa da União Europeia”, sendo que essa exposição não pode ultrapassar os 15% do portfólio.

Já o fundo que está sob a responsabilidade da Millennium Gestão de Activos fechou o mês de junho com um desempenho de 0,01%. O seu património ascendia a mais de 231,5 milhões de euros no final de junho, sendo que no final do mês de abril era o quarto maior Fundo de Investimento Alternativo (FIA) do mercado, com 244 milhões de euros de património. A sua carteira, no final de maio, era composta por depósitos a prazo em diversas instituições financeiras como o banco Sabadell, Caixa Geral de Depósitos ou BCP.

Segundo o documento oficial do produto, “o fundo investirá os seus capitais em depósitos bancários, papel comercial, títulos de dívida pública de curto prazo, designadamente bilhetes de tesouro, obrigações de taxa variável ou obrigações de taxa fixa, com maturidade residual inferior a 12 meses”.

Rendibilidades dos fundos em vários prazos