Os fundos estrela de acções das gestores estrangeiras para 2013

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Cobalt123, Flickr, Creative Commons

Escolher nunca é tarefa fácil e muito menos perante o cenário de incerteza económica e política que gira em torno do mercado. Mas... se os responsáveis ​​das gestores internacionais tivessem que apostar num fundo de acções, da sua gama, para 2013, qual seria?

De acordo com a pesquisa realizada pela Funds People entre as diferentes gestoras estrangeiras, os fundos que investem em Europa posicionam-se como os favoritos, apesar das suas estratégias serem diferentes quando se trata do investimento propriamente dito no mercado.

Apesar da aposta generalizada em Europa, também existe quem considera que os melhores retornos virão de fundos de acções norte-americanas, asiáticas ou globais. No que coincidem é que as actuais valorizações são atractivas e representam, neste momento, uma boa oportunidade para entrada de investidores com uma vocação de longo prazo. Seguindo uma ordem alfabética, os responsáveis ​​pelas gestores internacionais revelam o que consideram ser a estratégia mais adequada e, especificamente, que fundo de acções escolheriam em 2013.

BLACKROCK

A aposta da BlackRock concentra-se na Europa. Se de toda a sua oferta tivessem que eleger um fundo de acções, em 2013, a opção seria BGF Euro Markets Fund. Trata-se de um fundo, segundo explica Luis Martin, director de vendas 'retail' e institucional da gestora norte-americana para o mercado ibérico, investe principalmente em empresas domiciliadas em países da Zona do Euro. Pouco mais de 75% da carteira está investido em empresas de grande capitalização de mercado. "O fundo tem conseguido bater o 'benchmark' e outros fundos da categoria situando-se no quartil superior da categoria a um, três e cinco anos, com um horizonte de investimento de três a cinco anos", diz Martin.

JPMORGAN AM

O mercado de acções dos EUA é a maior aposta de Javier Dorado, CEO da JPMorgan Asset Management para a Espanha e Portugal, canalizado através do JPM Highbridge US Steep Fund, um produto de rendimento variável que, segundo Dorado, oferece uma forma inovadora de aproveitar o potencial das acções americanas. A estratégia dos gestores do fundo passa pelo uso de técnicas quantitativas de arbitragem estatística, tentando identificar e beneficiar dos  desvios - pequenos mas previsíveis - que ocorrem na bolsa, com o objetivo de gerar rendibilidades atractivas no longo prazo.

SCHRODERS

Para Carla Bergareche , director geral da Schroders para a Ibéria, 2013 pode ser um ano bom para as acções. "Embora a volatilidade vá persistir e muitas das incertezas que dominaram o mercado nos últimos anos não estejam colocadas de parte, estão a ser tomadas medidas para tentar resolver a crise actual. Por região, a Europa tem sido esquecida pelos gestores nos últimos anos, o que faz com que seja a que tem valorizações mais atractivas no mercado e uma das classes de activos que oferece mais oportunidades". A principal aposta da gestora é o Schroder ISF European Special Situations, um fundo de acções europeias que baseia a selecção de empresas unicamente nas perspectivas e na qualidade das mesmas, sem seguir nenhum índice de referência. "Procuram-se empresas com negócios que apresentam um crescimento estrutural e grande poder de fixação de preços no diversificado mercado europeu. Acreditamos que as acções europeias estão baratas em comparação com outros mercados de acções, de dívida e face à sua própria história", explica.

UBS Global AM

A aposta Juan Infante , responsável da UBS Global Asset Management para a Ibéria, é o UBS (Lux) Equity Sicav- European Opportunity Unconstrained, um fundo focado e flexível podendo assumir posições longas e curtas em acções do mercado europeu. "Actualmente, preferimos acções europeias comparativamente a outros mercados, concentrando-nos nos sectores das tecnologias da informação, o farmacêutico e as empresas de bens de consumo face ao financeiro e a empresas relacionadas com matérias-primas." A carteira do fundo é composta por 40 a 50 nomes, aos quais devem ser acrescentadas entre 20 a 40 empresas, nas quais o gestor adopta uma estratégia de aproveitar as baixas do mercado.