Ordens sobre investimentos financeiros recuam em outubro

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Rbanks, Flickr, Creative Commons

Dados divulgados pela CMVM mostram que em outubro de 2016, o valor das ordens sobre instrumentos financeiros recebidas pelos intermediários financeiros registados na entidade reguladora dos mercados financeiros totalizou 7.405,7 milhões de euros, menos 30,1% do que em setembro. Já desde o início do ano, este indicador caiu 41,4% face a igual período do ano passado. 

As ordens relativas a instrumentos financeiros de dívida pública recuaram no mês 39%, para os 4.311,2 milhões de euros, enquanto que na dívida privada, recuaram 20%, para 1.243,4 milhões. Em contrapartida nas de ações aumentou 1% para os 1.237,3 milhões de euros.

Nos totais do mês, e entre as entidades residentes, foram os investidores institucionais que apresentaram a maior ponderação no volume de ordens. No entanto, classes de ativos diferentes dão destaque a diferentes tipos de entidades. A gestão de ativos e a rubrica ‘outros institucionais’, por exemplo, mostraram maior atividade nos segmentos de ações e dívida privada, enquanto que a indústria de seguros foi líder no segmento de dívida pública. Entre as entidades não residentes, o grosso do volume de ordens dirigiu-se para o segmento de dívida pública, que atraiu praticamente três em cada quatro euros do volume total de transação destas entidades.

No agregado do ano, vemos que a rubrica ‘não institucional’ nacional destaca-se nas transações em ações, enquanto que os investidores institucionais lideram nos instrumentos de dívida.

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Os três principais destinos das ordens executadas sobre ações fora de Portugal foram a França, Alemanha e Estados Unidos, enquanto o Luxemburgo, Alemanha e França foram o principal destino das ordens sobre títulos de dívida.

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O valor das ordens sobre instrumentos financeiros derivados decresceu 49,1%, para 5.355,8 milhões de euros, enquanto o número de contratos negociados recuou 5,0%. Os CFDs foram o instrumento financeiro mais negociado no mercado de derivados (69,4% do total), tendo as transações recuado 20,1%. As transações sobre futuros caíram 78,4%.

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