O último triénio nos fundos de curto prazo

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Anteriormente denominados de fundos de tesouraria, os fundos de curto prazo são produtos que “investem em activos de elevada liquidez, sendo que mais de 50% dos activos em carteira devem ter prazo de vencimento residual inferior a 12 meses”, segundo a definição presente na Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP. Nestas condições a Associação encontra uma dezena de produtos, com o mais recente a entrar na lista a ser o CA Curto Prazo que é da responsabilidade da Crédito Agrícola Gest. Sob alçada de José Valente, o produto tem “como objetivo proporcionar aos participantes a preservação do capital investido e a geração de níveis de rendibilidade consentâneos com a dinâmica das taxas de juro dos mercados monetários e obrigacionistas de curto prazo do espaço financeiro do Euro”, referiu o gestor.

Banif Euro Tesouraria lidera a três anos

Em termos de rendibilidade, o fundo que apresenta melhores resultados nos três anos anteriores a 22 de abril, segundo a APFIPP, é o Banif Euro Tesouraria. Gerido pela Banif Gestão de Activos, o fundo regista ganhos anualizados, para o período em questão, de 1,33%. Trata-se de um produto classificado pela Morningstar como cinco estrelas e que no final de março tinha quase 3,5 milhões de euros em ativos sob gestão. Na mesma data, o maior investimento em carteira pertencia a dívida soberana portuguesa.

O segundo produto mais rentável no período, com ganhos de 0,98%, é o NB Tesouraria Ativa que é gerido por Amit Maugi da GNB Gestão de Ativos. No relatório do produto, referente ao mês de março, o gestor referiu dois factores que ajudaram o fundo: a “exposição a ativos do sector financeiro” e ainda a “sectores mais cíclicos”. O seu património superava os 41 milhões de euros, com mais de um quinto da carteira a estar alocada em dívida pública italiana.

Com ganhos de 0,77% surge, logo depois, o fundo Banco BIC Tesouraria. Este produto é denominado em euros e é gerido pela Dunas Capital. Tal como o líder, trata-se de um fundo cinco estrelas para a Mornignstar e tinha no final de março mais de 33 milhões de euros em património sob gestão. Sobre o processo de escolha dos ativos que compõem a carteira do fundo, Pedro Alves – que gere o fundo juntamente com Pedro Fernandes - afirmou no final do ano de 2014 à Funds People que "a seleção de ativos numa perspetiva de curto prazo depende da aversão ao risco em cada momento, do perfil de risco-retorno a nível individual e do ‘fit’ na carteira”.

Os fundos com rendibilidades positivas nos últimos três anos

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Fonte: APFIPP a 22 de abril.