O primeiro semestre da indústria de fundos brasileira

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alamedastreet, Flickr, Creative Commons

A Associação Brasileira de Entidades dos Mercados Financeiros e de Capitais (ANBIMA) acaba de passar em revista os seis primeiros meses do ano na indústria brasileira de fundos.

Os fundos de investimento registaram uma captação líquida de 1,9 mil milhões de reais no primeiro semestre do ano, o que compõe o menor saldo líquido desde 2002. De janeiro a junho, a maior captação aconteceu nos fundos referenciados DI, que conseguiram entradas de 24,5 mil milhões de reais. O maior resgate líquido na indústria, por seu lado, foi registado pelos fundos de renda fixa (obrigações). Ao nível das rentabilidades, os fundos de ações dividendos foram os produtos em destaque, acumulando ganhos de 4,97% no semestre.

Ainda assim expectativas positivas

Ainda que os resultados tenham ficado aquém das expectativas, as perspetivas para a indústria na segunda metade do ano são positivas, diz o vice-presidente da ANBIMA,  Carlos Massaru.  “Há uma possibilidade real e concreta de recuperação de forma indiscutível, mas a oportunidade está mais voltada para a renda fixa”, infere.

Os piores resultados na primeira metade do ano, para o vice-presidente da associação, devem-se também ao impacto das dificuldades vividas pela indústria em 2013, o que aumentou a aversão ao risco por parte do investidor.

Carlos Massaru entende ainda que o atual momento da indústria pede uma maior atenção ao nível da educação financeira, tal como um maior contacto com os clientes. No que concerne à renda variável (ações), o especialista pede “paciência” neste campo.