"O Pai Natal não existe, mas há sempre quem insista..."

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s.o.t.a.k handmade, Flickr, Creative Commons

Pedro Ortigão, do Grupo ASK, para além de mencionar a insistência de falarmos do Pai Natal, uma figura mítica que apenas alguns acreditam refere que "como é habitual nas crianças, todas tentam provar que tiveram o melhor comportamento possível, para justificar os presentes mais apetecíveis. Felizmente no mundo dos crescidos e no que toca a gestão das nossas poupanças, podemos fazer o mesmo! De facto, o nosso comportamento como investidores ao longo do ano, dita o tamanho da recompensa no final".

E, porque falamos do binómio bom comportamento-recompensa, falamos, naturalmente, do binómio risco-retorno. Neste sentido, Rui Broega, do Banco BiG, "colocaria no sapatinho dos investidores uma estratégia de investimento multi-activo com uma abordagem de retorno total assente no equilíbrio e ajustamento dos diversos prémios de riscos em função do ciclo económico". No Barclays Wealth and Investment, Miguel Sousa daria de presente aos investidores acções do mercado norte-americano. Francisco Oliveira, da mesma instituição, mantém a mesma classe de activos e geografia, acrescentando Europa excluindo Reino Unido.

Numa lógica de diversificação de carteiras, Pedro Ortigão refere que o investidor deve “separar bem risco de mercado de risco de gestão de carteiras, ou risco activo” e ter presente a “regra de ouro” que “é sempre a de ajustar perfil de risco ao horizonte temporal e no capítulo da diversificação, sempre melhor usar ETFs e fundos índice; mais baratos, com universo bem alargado, liquidez diária e sem risco de má gestão”.

Optando, então, pela diversificação mas via via mercados emergentes, Pedro Costa Félix, da Capital Strategies, colocaria no sapatinho dos investidores crédito e asiático enquanto que Vasco Jesus, da BPI Gestão de Activos, escolheria um produto que investisse em acções de várias economias emergentes.

Por último, em relação ao que gostariam de receber, os profissionais do sector dividem-se entre pedir algo não material como brincar com os filhos a uma transformação no país. Vasco Jesus disse que gostaria que “Portugal se tornasse um país que transforma pessoas más em pessoas menos más em vez do que é hoje, em que transforma pessoas boas em pessoas menos boas... um Portugal que inverta o estado actual de decadência, uma inversão dessa tendência que tem décadas, no minímo... sinais da justiça a funcionar e não o contrário, que é o que se passa hoje...  o aumento da educação geral do Grupo, começando por tratar os outros como gostamos de ser tratados, começando por lembrar que todos fazemos parte do todo, deste o nível local ao global!”