Como foi fevereiro para os fundos de ações que investem no mercado nacional?

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-ko-ko-, Flickr, Creative Commons

O PSI20 - principal índice bolsista português - fechou o mês de fevereiro a crescer 3,9% para os 4.647,90 pontos. Trata-se do primeiro mês positivo de 2017, já que em janeiro registou um decréscimo a rondar os 4,4%. Quando comparado com o período homólogo, o índice português cai cerca de 2,5%. Nessa mesma publicação, que mostra os "​indicadores mensais do mercado de capitais português", é possível ver, também, que "a volatilidade do índice foi de 11,88%, abaixo dos 13,04% fixados em janeiro e dos 30,19% registados em igual período do ano passado".

Segundo a Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios - APFIPP - existem em Portugal cinco produto que se focam, exclusivamente, em empresas cotadas nacionais. Dessa mão cheia de produtos, três conseguiram bater o PSI20, com o BPI Portugal a liderar a lista com ganhos de 5,24% no mês passado. Este fundo, da BPI Gestão de Activos, é da responsabilidade de Catarina Quaresma Ferreira e apresenta o selo de Consistente Funds People. Na ficha do produto, referente ao mês passado, a responsável pelo produto refere o "mês foi marcado pelo optimismo nos mercados accionistas". Relativamente ao mercado nacional, a gestora destaca que o "PSI20 acompanhou a tendência europeia num mês marcado pelas apresentações de contas de cotadas como a Galp, Jerónimo Martins, Navigator e Corticeira Amorim". Sobre o produto, destaque para o facto das cotadas Navigator, Altri e Corticeira Amorim terem sido as "melhores contribuições para a performance do BPI Portugal no mês".

Logo depois, com uma rendibilidade de 4,56% surge o produto gerido por Nuno Marques da IM Gestão de Ativos: o IMGA Ações Portugal. Tal como a gestora da BPI Gestão de Activos, também Nuno Marques destaca a "manutenção da tendência positiva dos mercados acionistas globais, tendo o MSCI Europe valorizado 2,9%, com os mercados fora da Zona Euro a destacarem-se pela positiva e sem diferenciação significativa entre o core e a periferia da Zona Euro". Sobre o mercado nacional, o profissional refere que "as posições que contribuíram de forma positiva para o retorno do fundo foram a Corticeira Amorim, Novabase e NOS. Por outro lado, "as posições de BCP, Jerónimo Martins e CTT penalizaram o desempenho". 

O outro produto que bateu o PSI20 foi o Santander Acções Portugal que é gerido por Dolores Solana da Santander Asset Management. Em fevereiro o fundo registou uma rendibilidade de 4,49%, com a gestora do produto a referir, tal como os profissionais anteriores, que o "mercado acionista português acompanhou o bom mês de fevereiro dos mercados acionistas europeus". Dolores Solana faz também referência ao facto de "algumas das posições que o fundo detém fora do índice de referência para o mercado português, o PSI20, terem contribuído de forma determinante para a performance positiva do fundo, nomeadamente, a Ibersol e a NovaBase". Sobre a carteira do fundo, a gestora refere que se registaram algumas "alterações ao TOP10, com o BCP a subir para maior posição do fundo, a Galp a ascender ao segundo lugar, e a NOS, a anterior maior posição do fundo, a desaparecer do TOP10". 

Os restantes produtos ficaram abaixo do índice de referência, como se pode ver no gráfico seguinte.

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Fonte: Morningstar no final do mês de fevereiro.

(Artigo com base nas factsheets de fevereiro dos produtos, que estavam disponíveis a 21 de março)