O comércio de fundos estrangeiros em Portugal perde concentração

Libreta
Jonathan Rubio, Flickr, Creative Commons

Dados divulgados pela CMVM no seu mais recente Relatório Anual Sobre a Atividade da CMVM e Sobre os Mercados de Valores Mobiliários mostram que os ativos sob gestão de organismos de investimento coletivos estrangeiros comercializados no mercado nacional apresentam uma tendência positiva de evolução desde 2012, embora em 2015 se tenha verificado um abrandamento face a exercícios anteriores.

Adicionalmente, a evolução positiva não se limita aos valores sob gestão, mas também ao “número de OICVM e ao número de sub-fundos comercializados”. Já no que concerne ao investimento médio por participante, este era no final do ano, de 14,8 mil euros, 1,3 mil euros acima do valor médio por participante em OICVM nacionais.

Captura_de_ecra__2016-07-21__a_s_11

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Em termos da tipologia de fundos, assiste-se a um aumento do peso das classes de fundos mistos, em detrimento dos produtos concentrados em obrigações e ações. As restantes tipologia, nomeadamente do mercado monetário, commodities e alternativos mais do que duplicaram de peso relativo, mas “continuam a ter um valor residual”.

Continuamos também a observar um domínio de algumas entidades comercializadoras de fundos estrangeiros no mercado português, com as três e cinco “principais colocadoras” a atingirem uma quota de mercado de 65% e 77%, respetivamente. No entanto, vemos uma diminuição da concentração do mercado, patente num recuo do índice Herfindahl–Hirschman para os 1.567 pontos, dos 1.841 de 2014.