Novo record no mercado de investimento imobiliário em Portugal

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Travis Wise, Flickr, Creative Commons

Os últimos dados de research da Cushman & Wakefield apontam para que, depois de em 2016 se terem registado transações de ativos imobiliários comerciais num volume total superior a 1.300 milhões, o ano de 2017 possa bater novos recordes no que diz respeito a volume de investimento.

Até 15 de março, foram fechados dez negócios de investimento imobiliário comercial em Portugal, num total de cerca de 180 milhões de euros. Ainda que o investimento estrangeiro tenha tido, tanto em 2015 como em 2016, uma maior preponderância nos volumes registados, destaca-se “uma maior presença de players nacionais, que terão sido responsáveis por 30% do volume investido”, pode ler-se no comunicado da instituição.

Origem_investimento

Relativamente ao setor que maior capital atraiu, o destaque vai para o sector escritórios, que, até à data, ultrapassou os 100 milhões de euros em volume, cujo negócio que mais contribuiu para este valor foi a venda do Edifício Entreposto à Signal Capital, avaliado em 65 milhões de euros.

O ano de 2016 ficou, ainda, marcado por uma correção acentuada das yields, sendo que, para o setor já mencionado, os valores prime fixaram-se nos 4,90%. Para o comércio de rua, estes valores fixaram-se nos 4,75%, sendo que para os centros comerciais se registou um valor mais elevado, de 5%. Para estes três setores, o ano de 2016 registou mínimos históricos no que diz respeito às yields prime, ainda que no setor industrial estas se tenham fixado nos 6,50%.

Yields_prime_valores

Para 2017, prevê-se uma correção menos acentuada - podendo existir até estabilidade - o que torna provável uma valorização dos ativos através de uma evolução positiva das rendas, em especial no comércio de rua e escritórios.

Até junho de 2017, de acordo com o que a Cushman & Wakefield conseguiu apurar, o volume de transações de investimento comercial em Portugal prevê-se que se situe perto dos 800 milhões. Embora os primeiros semestres de 2015 e 2016 tenham ultrapassado este valor, esta previsão coloca o primeiro semestre de 2017 diretamente no Top 3 do Ranking de investimento imobiliário em Portugal.