Nordea 1 – Flexible Fixed Income Fund: o fundo que pretende resistir às várias temperaturas de mercado

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cjeden, Flickr, Creative Commons

A Nordea esteve recentemente em Lisboa para apresentar a sua gama de Multi Asset Solutions, enfocando naquele que é um produto com o selo Blockbuster Funds People. Um típico “todo-o-terreno”, descorrelacionador do risco, e com especial apetência para sobreviver a qualquer temperatura de mercado. Foi assim que a portuguesa Rita Caria, especialista de produto na entidade, apelidou o Nordea 1 – Flexible Fixed Income Fund.

O mote para a apresentação sobre este fundo foram algumas das nuances consideradas pelas equipas que gerem o produto. A especialista de produto começou por explicar que “os geradores de retorno são interpretados pela casa como risk premium e não como classes de ativos”. Neste sentido e coerente com uma das prioridades na casa – especialmente nesta estratégia – está o balanceamento do risco. Avessos à ideia de ‘top down calls’, a entidade desenvolveu uma estratégia que procura retornos independentes do ponto da economia em que nos encontramos.

Como ponto de partida para o processo de investimento do portefólio está portanto um processo de balanceamento do risco, que consiste na escolha de estratégias mais defensivas (que normalmente apresentam melhor performance durante bear markets), por um lado,  e de estratégias mais arriscadas (que tipicamente se saem melhor em bull markets), por outro. Da combinação dos dois tipos de estratégias “é possível obter-se uma boa performance sem termos de adivinhar em que ponto do ciclo económico estamos”, explicou Rita Caria. Desprovido de um benchmark, o produto tenta manter a sua volatilidade entre 2% e 5%, enquanto que o objetivo de retorno é cash mais 2% brutos a cada ano, durante um ciclo de investimento completo.

Voltar a equilibrar a balança

Com o intuito de ser à prova de todas as temperaturas de mercado, o balanceamento do risco é, como já referido, a fase zero de construção do fundo.

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Tomando como exemplo os obrigações soberanas que num bear market teriam, potencialmente, um bom retorno, há que ter em conta que “num contexto de baixas taxas de juro como o atual, este tipo de ativos poderá não oferecer o retorno e proteção desejados”. Desequilibrada, portanto, a balança do risco (ver gráfico acima) ficaria assim mais “pesada” do lado dos ativos de cor vermelha. Numa versão simplificada da estratégia, este portefólio voltaria ao equilíbrio com o investimento em ativos que, ao contrário da dívida soberana, proporcionam melhores retornos no atual contexto de mercado. Mas como o mundo dos investimentos é bastante mais complexo, a equipa foi obrigada a desenvolver mais estratégias defensivas, que permitem equilibrar esta balança do risco.

Estratégias para equilibrar balança do risco

A primeira delas é a Flexible SAA – Flexible Strategic Asset Allocation – “Esta ferramenta permite-nos afastar das estratégias típicas ou clássicas, orientando os investimentos para outras menos evidentes, mas mais atrativas”, esclareceu a profissional. Exemplo disso são por exemplo as treasuries norte-americanas, que embora não ofereçam taxas muito altas, ainda assim conseguem “níveis ligeiramente mais altos em comparação com os peers, com uma proteção naturalmente mais elevada”.

Ao leque de alternativas, a equipa adicionou também o que chamaram de Active Currency Management, “uma estratégia que consiste em explorar uma correlação negativa entre algumas moedas e o crédito”. Esta é uma estratégia implementada através de pair trades, usando moedas do G10, e estando “longos na moeda considerada barata, e curtos na cara”.

Por fim, a última estratégia que a equipa implementou designa-se de Tactical Asset Allocation, que com o objetivo de reduzir risco, acrescenta estratégias que verdadeiramente diversificam o risco na carteira. “Trata-se portanto de um modelo quantitativo aplicado diariamente, em que a carteira é ajustada tanto em termos de duração como em termos de crédito”, resumiu a profissional.

 

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Posicionamento da carteira

Com uma duração de cerca de 3 anos, o fundo Nordea 1 – Flexible Fixed Income proporciona desde o início do ano 0,99% (BP-EUR share class) de retorno (a 30 de junho de 2017). “Esta carteira pode adicionar muita diversificação às carteiras atuais, ou até ser uma boa base para as carteiras de fixed income”.

Na conferência foi ainda abordado o Nordea 1 – Flexible Fixed Income Plus Fund (FFIF+).  A equipa de multiativos da Nordea capitalizou no processo de investimento e track record do Nordea 1 – Flexible Fixed Income Fund (FFIF), adicionando uma fonte extra de retorno. O FFIF+ investirá no espectro de todas as classes de ativos de fixed income (Govies, IG, HY, EM, etc.), com a adicional flexibilidade de exposição a ações (0 a 15%). Esta flexibilidade extra de chegar ao espectro das ações permitirá ao portefólio aumentar ligeiramente o perfil de risco/retorno do fundo comparativamente com o Nordea 1 – Flexible Fixed Income Fund.

Ao mesmo tempo que se fixa nas tradicionais fontes de retorno de fixed income, esta solução direcionada para todas as temperaturas de mercado tem como objetivo providenciar preservação de capital e gerar um retorno anual de cash + 3% durante um ciclo de investimento completo, com uma volatilidade de 3 a 6% ao ano.