Não ignorar as obrigações em 2014

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@Doug88888, Flickr, Creative Commons

O ânimo em relação ao mercado de obrigações parece ter acabado, mas as obrigações, segundo um artigo publicado pela Morningstar.co.uk, continuam a desempenhar um papel importante como parte de uma carteira diversificada.

Nesse mesmo artigo, a empresa de research cita Andrew Wells, portfolio manager da Fidelity, que acredita que os investidores devem estar preparados para mais um ano conturbado nas obrigações. Neste mesmo artigo da Morningstar, Wells admite que as yields das obrigações estão comparativamente baixas, tendo em conta o seu histórico, e tendo em conta ainda os dividendos oferecidos pelas ações. Para o especialista da Fidelity este é um reflexo óbvio do ambiente económico desafiante que se vive.

Não esquecer obrigações high yield europeias

Ainda assim “o medo em relação à grande rotação para as ações é exagerado”, diz  Andrew Wells no artigo. “Enquanto as yields estatais estão a registar mínimos históricos, os spreads de crédito nas obrigações investment grade e as obrigações high yield continuam em bons níveis”, aponta.   

Segundo as informações da empresa de análise, as obrigações high yield europeias oferecem um amplo crescimento de oportunidades, já que “enquanto o mercado continua cauteloso, muito tem sido feito na zona euro para se “limpar” os balanços, e para que as dívidas permaneçam em níveis baixos”.

O artigo da empresa de research cita ainda, Michael Hasenstab, portfolio manager de obrigações da Franklin Templeton Investments, que lembra que o medo em relação à liquidez está a sair dos mercados emergentes, devido ao fim do programa de estímulos por parte da Fed. Depois disso acontecer, o especialista está convicto de que “o diferencial das taxas de juro irá favorecer os mercados emergentes, no que diz respeito a um crescimento e às dinâmicas da inflação, que irão criar taxas mais atrativas do que as dos EUA”. Desta forma, no artigo o especialista refere que “acredita que o potencial dos ativos destes países continua intacto, porque não imprimiram dinheiro”.