Moedas locais favorecidas pela derrapagem do euro

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SGSigma, Flickr, Creative Commons

O mês de julho não foi o melhor para a Zona Euro e, consequentemente, para a moeda europeia. O conflito entre a Rússia e Ucrânia foi um dos factores que “abalou” a boa performance do euro, mas os próprios indicadores económicos da região ficaram aquém do esperado e penalizaram a moeda. Enquanto isso, os mercados emergentes foram emitindo sinais de recuperação, que entusiasmaram os investidores, como lhe descrevemos aqui.

O último relatório mensal da APFIPP referente à gestão de patrimónios e que passa em revista o mês de julho, reflete algumas prováveis consequências do panorama atrás descrito. Na análise da evolução das aplicações das S.G.P por moeda de investimento, torna-se evidente o efeito de valorização de algumas moedas locais, que conseguiram tirar ganhos da maior “fragilidade” do euro, mas também uma maior aposta por parte das entidades nos mercados emergentes.

Ásia em foco

Enquanto em junho as gestoras de patrimónios tinham 55,7 mil milhões de euros investidos em moeda europeia, no final de julho esse valor recuou ligeiramente para os 55,3 mil milhões de euros. As grandes surpresas do mês aparecem com o investimento feito pelas S.G.P em Dirham de Marrocos, dólar de Hong Kong e Iene Japonês.

No caso do investimento feito em moeda marroquina o avanço foi de 84,1 milhões de euros para 86,1 milhões no final de julho. Mais significativa foi a aplicação de investimentos em Dólar de Hong Kong, que avançou de 3,5 milhões de euros em junho, para 46,8 milhões no final do sétimo mês do ano. Um incremento aconteceu também ao nível das aplicações em Iene Japonês: se no final de junho as gestoras de patrimónios no global investiam 27,8 milhões de euros nesta divisa, em julho o valor aumentou para os 31,4 milhões.