Mercados emergentes voltam a bater os mercados desenvolvidos

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feriansyah, Flickr, Creative Commons

O mês de julho voltou a ser positivo para os mercados emergentes, com o MSCI Emerging Markets a terminar com ganhos perto dos 6%. Este bom momento parece ter sido transversal a grande parte dos mercados, que fecharam o mês em questão com performances superiores às dos principais mercados desenvolvidos.

“Num ambiente de fraqueza do dólar, o movimento dos mercados emergentes foi muito generalizado”, destaca Ricardo Santos, gestor do NB Mercados Emergentes, acrescentando que este movimento teve especial destaque em mercados como Brasil, China e Índia.  O produto em questão detinha, no final de julho, um volume de ativos sob gestão de cerca de 13,4 milhões de euros, tendo beneficiado “da forte recuperação do mercado brasileiro e do Real” e da exposição a empresas financeiras, “beneficiárias da forte subida do sector”. No entanto, no que diz respeito à exposição geográfica do fundo, a Ásia é a região em destaque, com uma exposição superior a 55% no mês em questão.

Contudo, as declarações por parte do BCE relativas à redução do programa de compras de ativos originaram uma “valorização do Euro contra todas as moedas, o que teve um contributo negativo no fundo”, revela o gestor.

António Dias, gestor do IMGA Mercados Emergentes, evidencia a performance positiva por parte de todas as regiões, sendo que a América Latina surge com a região em destaque, com ganhos superiores a 4,6% (em Euros). À semelhança de Ricardo Santos, o profissional revela que o Brasil foi o país com a performance mais positiva, “com o índice Bovespa a valorizar 7% (em Euros), fruto da cada vez mais provável absolvição do Presidente por parte do Congresso”, refere.

O produto de ações emergentes da IM Gestão de Ativos detinha, no final do mês em questão, um volume de ativos sob gestão de 2,76 milhões de euros, sendo que a Ásia surgia como a principal região em carteira, representando 60% da exposição geográfica total.