Mercados com o olhar desconfiado...embora estáveis

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tinaylin, Flickr, Creative Commons

O verão já começou e com ele vêm as férias, o sol e a praia. Nesta altura do ano os mercados estão “estáveis e os investidores não parecem estar preocupados com grande coisa”, afirma o ING Investment Management através do seu Marketexpress. No entanto, e segundo a entidade, há “alguns riscos que podem desencadear um sell-off”.

Para o ING Investment Management , “agora que o verão chegou e a Copa do mundo terminou, não seria o melhor momento para ir de férias?” Neste momento existe um nível baixo de volatilidade nos mercados e uma grande estabilidade macroeconómica e para a entidade isso pode levantar uma preocupação: “o grau de estabilidade do sistema”.

Para a gestora, os meses de verão apresentam um “Outlook positivo” que no entanto podem resultar num instabilidade futura, “através de uma criação de excesso de confiança”, explicam. “No entanto, ao mesmo tempo, é claro que estes períodos de estabilidade podem durar meses, ou mesmo anos”, continuam.

Também a baixa liquidez e os volume no mercados globais podem desencadear um sell-off nos mercados. “Mais do que nunca a baixa volatilidade do mercado, acompanhado de uma redução do trading e com os níveis de liquidez baixos em quase todas as partes dos mercados globais” podem indicar que poderá haver um despoletar de sell-off no mercado, continuam os especialistas da gestora. Já a incerteza nas perspetivas no que toca à política monetária, nomeadamente nos EUA e no Reino Unido, podem desencadear um despoletar de situação.

Também o “choque nas commodities, a decepção do crescimento nas economias desenvolvidas e a deflação” podem ajudar a piorar a confiança dos investidores e ajudar a que o clima de estabilidade que se vive agora siga outro rumo.

Além deste fatores, a ING destaca o risco da crise sistémica na China que “não pode ser ignorado”. “A correção acentuada nos preços imobiliários e a atividade de construção e um crescente número de empréstimos non-performing sobre os balanços dos bancos, podem criar dúvidas sobre a seriedade deste potencial factor de risco”, concluem.