Mercados acionistas continuam a dar impulso aos ETFs mais negociados

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Alejandro Morales-Loaiza. Flickr. Creative Commons

No mês de maio, os ETFs mais negociados nas plataformas nacionais deixam antever tendências distintas para cada entidade aqui analisada, mas no denominador comum continua a estar a grande aposta no mercado acionista.

Do Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, revela que no quinto mês do ano a “a diversidade de investimento foi uma característica quer a nível geográfico (Europa, EUA, Japão e Emergentes) quer ao nível de ativos”. O profissional assinala que apesar dos ETFs de ações terem estado em maioria (ETF de risco médio alto e alto), também um ETF de obrigações de risco médio, deu um ar da sua graça. O ETF mais negociado no mês, diz o profissional, foi o “iShares Core DAX® UCITS ETF (DE), fundo de risco alto que volta ao top dos mais negociados depois de um mês de ausência”. Este ETF, acrescenta Carlos Almeida, trata-se “de um ETF que acompanha o desempenho de um índice composto pelas 30 maiores e mais negociadas empresas alemãs cotadas no segmento Prime da Frankfurt Stock Exchange”. O iShares J.P. Morgan $ EM Bond EUR Hedged UCITS ETF (Dist) aparece no posto de segundo ETF mais negociado no período. É um ETF de risco médio, “que além da componente de distribuição, é também um produto que visa acompanhar as obrigações de países emergentes mas com cobertura cambial para reduzir o impacto das flutuações das moedas base dos constituintes face à moeda do fundo”. De risco médio/alto é o terceiro produto mais negociado. Falamos do iShares S&P 500 EUR Hedged UCITS ETF (Acc) EUR, que “tem como objetivo o investimento nas 500 maiores companhias dos EUA, sendo que este produto com a componente hedged permite o investimento a 100% no mercado americano com cobertura do risco cambial”. No quarto posto chega a vez do iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que, segundo o profissional, “foi em 2016 um dos mais transacionados pelos investidores”. Trata-se, segundo Carlos Almeida, de um “ETF de risco alto, que investe nas 50 maiores empresas da zona euro, com incidência nos setores financeiros e industrial e com maior foco em França, Alemanha e Espanha”. A fechar o top 5 destaque para outro produto de risco alto, o ETF iShares MSCI Japan EUR Hedged UCITS ETF EUR, “que representa o mercado japonês e que permite o investimento diversificado focado 100% em empresas japonesas e sem risco cambial”.

No caso do ActivoBank – plataforma cujos investidores utilizam os ETFs como investimentos de curto prazo, muitos inclusive são intraday – a valorização de mercado continua a ser apreciada pelos investidores. João Graça, da entidade, especifica que “o posicionamento em ETFs voltou a demonstrar em maio uma crença quase total na valorização do mercado mantendo a tendência do 1º trimestre”. O profissional conta ainda que “os ETFs sobre índices acionistas, país ou sectoriais, mantêm a preferência dos investidores que inclusive têm apostado na queda dos sectores de extração do ouro”.