Menos investimento em fundos na gestão discricionária nacional

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ruben_farao, Flickr, Creative Commons

Do universo de países europeus analisados pela EFAMA no seu último relatório, com dados referentes ao final de 2012, pode inferir-se que Portugal é o país onde os mandatos de gestão discricionária efetuam menos investimento em fundos.

Atrás da Alemanha, Hungria, França, Grécia e Itália, o nosso país apresenta 9% dos ativos geridos pela gestão discricionária investidos em fundos de investimento. Esta percentagem contrasta com uma alocação de 25% a fundos de investimento na Alemanha e na Hungria, que se apresentam como líderes a este nível.

A Associação Europeia de Fundos e Gestão de Ativos Europeia, no seu sétimo relatório anual, traça ainda um retrato da percentagem de ativos geridos pelos mandatos discricionários, que investem em fundos de investimento que são geridos por uma outra entidade. Também neste caso, a percentagem que concerne a Portugal é baixa: 5%. Ainda assim, neste campo, o nosso país fica à frente da Alemanha, Hungria, ou França.

Institucionais dominam na gestão discricionária

Ao nível da gestão discricionária importa igualmente salientar que Portugal faz parte dos três países com maior número de investidores institucionais ligados aos mandatos de gestão discricionária. 87% dos clientes nacionais deste tipo de gestão pertencem à franja dos institucionais, enquanto apenas 13% são investidores de retalho.

A mesma discrepância acontece com quase todos os restantes países analisados pela Associação.  Estes números, para a EFAMA, justificam-se com o facto dos mandatos de gestão discricionária “serem tipicamente associados a um valor mínimo de ativos sob gestão, o que torna os investimentos menos atrativos para o segmento de retalho”. Acresce ainda o facto dos “mandatos oferecerem soluções específicas de investimento que estão de acordo com a sofisticação do cliente”, pode ler-se.