Março foi o mês de “evitar especificidades” e realizar mais valias

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kugel, Flickr, Creative Commons

Se ao nível dos fundos estrangeiros mais subscritos em março se pode apontar um claro interesse dos investidores por fundos de investimento que beneficiam do início das compras levadas a cabo pelo Banco Central Europeu, na “viagem contrária”, ou seja, no que diz respeito às estratégias mais resgatadas nas três plataformas nacionais, a “história” é mais difusa. Os investidores, no terceiro mês do ano, foram impulsionados por varias razões nas saídas que efetuaram.

No caso do Banco BiG, em março, “o padrão dos resgates de fundos de investimento parece indiciar um movimento de realização de mais-valias em alguns investimentos com exposição ao segmento accionista”, começa por explicar Isabel Soares, gestora de produto da entidade. A profissioal explica que “a generalidade dos outflows concentrou-se, de forma genérica, em alguns fundos mais direccionais e com exposição a áreas geográficas específicas”.

Rui Castro Pacheco, head of asset management do Banco Best, assinala que na entidade os resgates seguiram o mesmo rumo de momentes anteriores. “Continuámos a assistir ao mesmo fluxo dos meses anteriores, em que os volumes se concentraram em fundos de tesouraria e, em menor escala, em obrigações high yield”.

Também do ActivoBank, João Graça refere que “na vertente de resgates observamos resgates para concretização de mais-valias”. Destaca a “entrada no Top de resgates o fundo BGF UK com os anúncios de inflação zero no final de março e também do fundo Parvest Money Market USD que foi a forma encontrada por alguns clientes para investir no efeito cambial”.