Mais valias deram o mote para os resgates no final do ano

6357590623_de0510c876
Brock Whittaker Photography, Flickr, Creative Commons

Em dezembro os investidores das plataformas nacionais que distribuem fundos estrangeiros  continuaram a alhear-se dos fundos mais conservadores, e terminaram o ano a realizar mais valias.

João Graça, do ActivoBank, refere que “os maiores resgates estão relacionados com a concretização de mais-valias”. Indica que “mais especificamente, o fundo Parvest Equity USA foi, em muitos casos, substituído pelo fundo JPM US Select Equity devido a uma gestão mais rigorosa e conservadora”. Também o “BGF Global Allocation foi substituído pelo BNY Mellon Global Real Return”, referiu.

No caso do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto, refere que em dezembro “em termos de resgates não se verificou qualquer tendência clara”. Explica que “os outflows parecem estar mais relacionados com encaixes de mais valias do que com alterações significativas em termos de objectivo e estratégia dos investidores”.

Rui Castro Pacheco, do Banco Best, identifica que 2014 fechou com a tendência dos últimos meses a manter-se, “com os maiores resgates a virem de fundos de tesouraria e de obrigações de curto prazo, os quais atualmente apresentam um reduzido potencial de retorno dadas as baixas taxas de juro”. Igualmente como já se tinha verificado em novembro, “surgem também alguns resgates em fundos de obrigações high yield, mas com uma expressão reduzida quando comparada com os fundos de tesouraria e obrigações de curto prazo”.