Mais uma reconhecida private equity com negócio em Portugal

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Cedida

Portugal continua na mira dos investidores estrangeiros por diversos motivos e, desta feita, foi assinado na passada sexta-feira, dia 4 de julho, o Contrato de Compra e Venda de Ações relativamente à alienação da BPN Créditos IFIC, S.A. Esta operação foi realizada pela Parparticipadas, sociedade detida diretamente pelo Estado, à Firmus Investimentos, tendo como últimos beneficiários, conforme comunicado enviado à CMVM, o fundo CS Capital Partners IV e a sociedade Eurofun, de direito inglês e português, respetivamente. 

O fundo comprador, CS Capital Partners IV, é gerido pela Cabot Square Capital, sociedade gestora de fundos de private equity, com sede em Londres e fundada em 1996. A entidade que foi nesta operação assessorada pelos advogados Alexandra Maia de Loureiro e Gustavo Ordonhas de Oliveira da SRS Advogados pauta-se por investir em sociedades financeiras no médio longo prazo. Por outro lado, o vendedor foi assessorado pela sociedade de advogados Macedo Vitorino & Associados além do Banco Efisa ter estado presente na qualidade de assessor financeiro do vendedor.

Com um preço de aquisição que será de 36 milhões de euros, de acordo com o comunicado, a Cabot Square Capital comprometeu-se a manter um número significativo de postos de trabalho. Neste sentido, esta solução que coloca término ao processo de alienação iniciado em janeiro de 2012 constitui uma alternativa à liquidação da BPN Crédito, permitindo a minimização de custos em cerca de 62,9 milhões de euros para o Estado.

Por último, é dito no comunicado oficial ao regulador nacional, que esta alienação, cuja conclusão está apenas dependente da obtenção das autorizações administrativas aplicáveis, dá continuidade ao processo de venda de participações sociais que foram transferidas do Banco Português de Negócios para o Estado Português em fevereiro do 2012

Uma vez mais repare-se que esta operação se enquadra num contexto em que se verifica, por diferentes motivações, um crescente interesse de fundos internacionais por ativos nacionais. Gustavo Ordonhas de Oliveira lembrou à Funds People que "não se tratam de investidores que procuram apenas (como acontece nos fundos oportunistas e se verificou durante a crise) ativos altamente descontados, mas sim investidores que acreditam no crescimento do negócio em Portugal nos próximos anos, como aliás se tem verificado relativamente a empresas nacionais de cariz tecnológico bem como activos imobiliários comerciais e industriais”.