Mais subscritos: ano fechou com os investidores a balancearem o risco

cuidado_caution
andertho, Flickr, Creative Commons
2014 terminou com um dezembro em que os investidores continuaram no caminho pró-risco, mas, ainda assim, a “prudência” constata-se pelo facto do fundo estrangeiro mais subscrito em duas das plataformas ser um fundo misto. A Índia voltou “a dar um ar da sua graça”,  e outra das tendências foi o aparecimento e regresso ao top de produtos que se dedicam às  áreas da biotecnologia e da saúde. 
 
Rui Castro Pacheco, head of asset management do Banco Best, indica que “mesmo com alguma volatilidade acrescida nestes últimos meses do ano, continuamos a registar uma maior procura por estratégias “pró-risco”, com 5 fundos de ações e 2 mistos no top de subscrições”. O fundo mais subscrito na plataforma em dezembro, tal como no Banco BiG, foi o Nordea Stable Return, “um fundo misto com uma estratégia defensiva que tem estado nas nossas preferências desde há bastante tempo”, relembra o responsável pela gestão de ativos do Best. 
 
Isabel Soares, gestora de produto do Big, salienta precisamente que “ainda que 2014 tenha sido marcado por uma forte procura de produtos com exposição ao segmento acionista, o ano chega ao fim com um fundo misto no topo das preferências”. Salienta que “mesmo em cenários que beneficiam a preferência por fundos de acções, a preocupação dos investidores com o balanceamento dos riscos das suas carteiras e a alocação do seu capital a fundos com estratégias flexíveis é evidente e tem reflexo na procura destes produtos (o fundo Nordea 1 Stable Return volta a ser o mais subscrito e o fundo Invesco Pan European High Income regressa à tabela)”. Também no caso do Best é destacado o aparecimento de outro fundo misto: o MFS Global Total Return. “É um fundo com uma estratégia um pouco mais “agressiva” gerido pela MFS, a primeira gestora a lançar um fundo de investimento em oferta pública em 1928”, recorda Rui Castro Pacheco. 
 

O regresso da Bioctecnologia e saúde

Do ActivoBank, João Graça, começou por dizer que “durante o mês de dezembro assistimos a movimentos muito diferentes nos nossos clientes investidores”. Destaca que no último mês do ano notaram “alguma preferência pelo mercado acionista em particular no setor da Saúde/Biotecnologia com os clientes a manterem a aposta na sustentação do mercado em virtude da queda do preço do petróleo e a manutenção de estímulos monetários”. 
 
A mesma tendência foi “confirmada” igualmente pelo BiG e pelo Best. Isabel Soares, a este nível, reforçou a procura por fundos como “o Franklin Biotechnology Discovery, com enfoque no sector da biotecnologia” e o “fundo Fidelity Healthcare,  que investe em empresas de todo o mundo envolvidas no desenho, fabrico ou comercialização de produtos e serviços utilizados em áreas de saúde, medicina ou biotecnologia”. No caso do Banco Best, os investidores preferiam neste campo o fundo de ações BlackRock World Healthscience, e ainda o Franklin Biotechnology Discovery. 
 
Rui Castro Pacheco, do Best, dá ainda conta na lista dos mais subscritos, de “fundos de caris mais generalista”, como “o Invesco Global Structured Equity que investe de forma global, o UBS European Opportunity Unconstrained dedicado à Europa e o Legg Mason ClearBridge US Aggressive Growth dedicado ao mercado Americano”. No campo das obrigações destaca ainda “um fundo que investe de forma diversificada nos mercados emergentes (governos ou empresas e dívida em “moeda forte” ou “moeda local”), gerido pela equipa da Pioneer”, e “o Jupiter Dynamic Bond que é um “fundo todo o terreno” em obrigações e que tem a flexibilidade de poder aceder e diversificar os seus investimentos em qualquer segmento do mercado obrigacionista”. A fechar o top dos mais subscritos o profissional salientou ainda o aparecimento de um produto mais conservador: “o Deutsche Invest Euro-Gov Bonds investe em obrigações de dívida soberana denominados em EUR e preferencialmente em governos com rating superior”, referiu. 
 

Caminho das Índia voltou a interessar

 
Do Banco BiG, Isabel Soares salientou ainda a permanência de uma tendência já evidenciada em novembro. “O investimento em Índia continua a atrair investidores, nomeadamente através do fundo Franklin India. Em ano de eleições, a mudança política teve um impacto positivo no mercado potenciando elevados níveis de rentabilidade. A expectativa criada em torno das futuras reformas que serão levadas a cabo por este governo faz com que muitos acreditem que o potencial não está esgotado e continua a assegurar inflows interessantes para produtos com exposição a este país”, explicou. 
 

TOP TEN DOS FUNDOS MAIS SUBSCRITOS EM DEZEMBRO 

 

 

Best

ActivoBank

BiG

1

Nordea-1 Stable Return Fund E EUR

 

UBS (Lux) SF Yield (EUR) N Acc

Nordea 1 Stable Return Fund

 

2

BlackRock Global Funds - World Healthscience E2 EUR

 

UBS (Lux) sf Balanced (EUR) N Acc

Invesco Pan European Structured Equity

 

3

MFS® Meridian Funds - Global Total Return Fund Class A1 EUR Acc

 

Franklin Biotechnology Discovery N

BNY Mellon Euroland Bond P

 

4

Legg Mason ClearBridge US Aggressive Growth Fund Class A EUR Acc

 

Parvest Bond Euro Government N

Fidelity Funds - Iberia Fund

 

5

UBS (Lux) Equity SICAV - European Opportunity Unconstrained (EUR) P-acc

 

UBS (Lux) SF Equity (EUR) N Acc

Franklin India Fund

 

6

Franklin Biotechnology Discovery N Acc $

 

JPM US Select Equity D

Invesco Pan European High Income Fund

 

7

Pioneer Funds - Emerging Markets Bond C EUR ND

 

JPM F Global Healthcare D

Pioneer Funds Strategic Income

 

8

The Jupiter Global Fund - Jupiter Dynamic Bond Class L EUR Q Inc

 

MSS Euro Corporate Bond B

Franklin Biotechnology Discovery Fund

 

9

Invesco Funds - Invesco Global Structured Equity Fund E

 

SISF UK Equity B

ING L Renta Fund - Euro Long Duration

 

10

Deutsche Invest I Euro-Gov Bonds NC

 

BNY Mellon Global Real Retrurn A

Fidelity Funds-Healthcare Fund