Maior exposição a obrigações prossegue apesar da redução entre 2007 e 2012

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Adventurer Dustin Holmes, Flickr, Creative Commons

A gestão de ativos que cada país executa na generalidade reflete também algumas tendências de investimento de cada região. Os anos entre 2007 e 2012 ficaram essencialmente marcados por uma crise financeira, que acabou por se repercutir em mudanças na alocação de ativos de cada país. Ao nível europeu, no seu último relatório divulgado, e com dados do final de 2012, a EFAMA passa em revista a evolução da alocação de ativos. “Pode observar-se que o portfólio médio é consideravelmente diferente no final de 2012, comparando com 2007”, começam por escrever, acrescentando que “a alocação a obrigações cresceu de 40% em 2007, para cerca de 46% em 2008”, já que a classe de ativos “beneficiou dos extremos níveis de aversão ao risco depois da queda do Lehman Brothers”.

Portugal, no final de 2012, segundo os dados da EFAMA, aparecia com uma alocação em que 46% dos ativos pertenciam a obrigações e apenas 7% a ações. A restante distribuição acontecia da seguinte forma: 11% em mercados monetários e 36% noutros ativos.

Portugal “sai fora” da tendência europeia

Ainda que Portugal, tal como outros congéneres do sul da Europa, seja um país onde o investimento em obrigações é mais “típico”, entre 2007 e 2012  essa distribuição diminuiu, contrariamente à maioria dos restantes países analisados. Se em 2007 Portugal alocava quase 60% a obrigações, em 2012 esse valor caiu para os já referidos 46%. De realçar ainda que no período analisado, na gestão de ativos nacional, também a alocação a ações sofreu uma queda, já que em 2007 cerca de 15% do dinheiro estava investido em ações, e em 2012 reduziu-se para 7%.

Fundos de investimento: mais ações

Analisando a alocação de ativos tanto nos fundos de investimento como na gestão discricionária, algumas diferenças saltam à vista. No final de 2012, os fundos nacionais investiam 20% em ações, enquanto a gestão discricionária apenas aplicava 6% nas bolsas. Contrariamente, o foco mais conservador das gestão discricionária evidencia-se com uma alocação de 57% a obrigações, enquanto os fundos de investimento aplicavam 18% de dinheiro nesta classe de ativos.