Julho: o mês em que os resgates aconteceram em várias frentes

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Phill Monson, Flickr, Creative Commons

Os fundos mais resgatados nas três plataformas nacionais em julho mostram tendências muito distintas por parte dos investidores. Ao contrário de alguns dos meses anteriores, no sétimo mês  as saídas não aconteceram apenas nos fundos mais conservadores.

No Banco BiG, por exemplo, julho foi sinónimo de reajustes geográficos. Isabel Soares, gestora de produto da entidade, refere que “os maiores outflows registaram-se por via de realocação geográfica e no ajuste em termos de direccionalidade das carteiras”. A profissional explica que “exposições mais globalizadas foram substituídas por estratégias com enfoque geográfico em áreas como Europa, Ásia ou Mercados Emergentes, enquanto a direccionalidade das carteiras foi reduzida por via do resgate de fundos com exposições sectoriais”.

No ActivoBank a tendência foi de saída dos fundos com mais risco. Teresa Siopa, da plataforma, explica que “a questão da Ucrânia bem como a instabilidade no setor financeiro provocou, em investidores mais avessos ao risco, uma fuga dos ativos de risco”.

No Banco Best, por seu lado, os investidores tiveram um comportamento semelhante ao de outros meses anteriores. Rui Castro Pacheco, head of asset management, aponta que “do lado dos resgates se encontram essencialmente fundos de tesouraria e obrigações de baixo risco que não têm conseguido proporcionar rendimentos atrativos, tendência esta que vem de há vários meses”.