J.P.Morgan AM: está na hora de prestar atenção ao estilo growth

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Chiot's Run, Flickr, Creative Commons

Estamos num momento growth ou value? Segundo o que dizem os especialistas da J.P.Morgan Asset Management, a saída brusca das empresas com “conotação growth” no início do ano proporcionou um ponto de entrada muito atrativo para as estratégias que se focam no alto crescimento. Os especialistas argumentam que aquela correção a favor das telecomunicações, biotecnológicas e redes sociais não estava sustentada pelos fundamentais e recordam que “historicamente, quando há uma contração nos múltiplos, os investidores afastam-se primeiro das empresas de alto crescimento, mas quando as suas preocupações começam a baixar, os múltiplos podem recuperar, e nalguns casos muito rapidamente”.

Os especialistas da entidade recordam que os investidores devem fixar-se não apenas em valorizações, mas também no potencial de crescimento dos lucros das empresas, uma parte chave para o estilo growth. Também afirmam que tanto o aumento dos lucros como o fortalecimento dos fundamentais seguem como elementos de apoio para as ações e isso reflete-se no PER médio das empresas e no seu desconto face à media histórica dos últimos 20 anos (ver quadro).

A outra pista que a entidade forneceu para o investimento em ações tem a ver com o tamanho da carteira. “As carteiras concentradas de ações que contêm poucas dezenas de ativos, oferecem aos investidores uma maneira adicionar alfa enquanto seguem consciente do risco”. Fortalecem esta afirmação ao explicarem que “dado que os gestores têm menos posições, prestam maior atenção com maior conhecimento sobre as suas posições e têm de assumir o risco de investimento de uma forma mais proactiva e com pouco espaço para errar”. Desta forma, acreditam que os gestores têm um meio para gerar retornos superior a longo prazo.