Investimento em fundos aumentou 5% nas carteiras das gestoras de patrimónios

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ruben_farao, Flickr, Creative Commons

O último mês do ano passado trouxe, novamente, crescimento ao segmento de Gestão de Patrimónios. Segundo o último relatório publicado pela Associação Portuguesa de Fundos de Investimento, Pensões e Patrimónios – APFIPP – o segmento cresceu 0,8% para um total superior a 56.032 milhões de euros. Este valor incide, apenas, nas entidades que são associadas na APFIPP e que representavam, no final de dezembro passado, cerca de 90,5% do valor total de gestão individual de ativos em Portugal (dados da CMVM).

Fundos de investimento a crescer

No relatório publicado pela Associação, há uma rubrica dedicada à evolução dos investimentos realizados por estas sociedades gestoras. Aqui é possível ver que o fundos de investimento foram os ativos que mais cresceram em dezembro, ao sofrerem um incremento superior a 5% para um total que supera os 6.600 milhões de euros. Para este aumento, em muito contribuiram os fundos nacionais e domiciliados na União Europeia, nomeadamente os "fundos de obrigações portugueses" e ainda os "fundos monetários estrangeiros".

Também os valores mobiliários nacionais - e onde se excluem os fundos de investimento - tiveram um incremento ao longo do mês passado, tendo aumentado o seu valor na carteira das gestoras de patrimónios em 1,1% para um valor supeior a 42.600 milhões de euros. O gráfico seguinte mostra a composição da carteira das gestoras de patrimónios.

Composição da carteira das gestoras de patrimónios

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Fonte: APFIPP no final do ano passado.

Como foi ao longo de 2016?

Analisando o que se passou no segmento ao longo do ano passado, nota-se que houve um decréscimo superior a 6% nos ativos sob gestão. Apesar do decréscimo, em termos globais, o investimento em fundos de investimento aumentou ao longo do ano passado. Os dados da Associação mostram que o montante aplicado em fundos cresceu mais de 4%, o que em termos monetários representa um aumento de quase 300 milhões de euros. As restantes rubricas - valores mobiliários e liquidez - decaíram mais de 3.600 milhões de euros ao longo de 2016.

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Fonte: APFIPP no final do ano passado.