Investidores de ETFs “viraram-se” para a Europa e para o sector financeiro em março

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Hilder Santos, Flickr, Creative Commons

No ActivoBank muito embora se continue a verificar que “os ETFS alavancados são a principal solução de investimento dos clientes”, João Graça, da entidade, explica que em março se voltou a “verificar, à semelhança dos últimos meses, o interesse dos investidores em apenas alguns sectores ou países como o caso do setor tecnológico, imobiliário ou financeiro”. Realça que enquanto nos dois primeiros sectores, “parece, pelo feedback recebido, uma aposta para um médio prazo, já o setor financeiro é uma alocação de muito curto prazo podendo aproveitar alguma possível consolidação do setor e do início do Quantitative Easing do BCE”.  Destaca ainda “a entrada do Direx D SP500 B para o top graças à correção que o índice sofreu neste período e que proporcionou um novo momento de entrada”.

No caso do Banco BiG, Isabel Soares, gestora de produto da entidade, indica primeiramente que “os ETFs continuam a assumir-se como um dos instrumentos financeiros de eleição dos investidores que pretendem exposição a determinadas áreas geográficas ou subjacentes específicos”. No decorrer do mês de março os produtos da entidade “voltaram a registar volumes de negociação bastante interessantes com especial destaque para as soluções com exposição ao segmento accionista”. Em termos geográficos, a especialista destaca “áreas como a Europa (ETFs como o iShares Euro Stoxx 50 UCITS ETF, Lyxor ETF IBEX 35 ou ComStage ETF PSI20 a registarem volumes interessantes)” e Estados Unidos (com os produtos SPDR S&P 500 ETF e Vanguard S&P 500 ETF também na lista de ETFs mais negociados). Na entidade, “ainda que a negociação de ETFs tenha favorecido produtos com enfoque no mercado accionista”, em março destacam também a “também a procura crescente por produtos desta natureza que permitam a exposição ao segmento de dívida (uma tendência observada ao longo dos últimos meses)”. A gestora de produto explica que “no segmento de high yield, por exemplo, os ETFs têm sido um dos instrumentos privilegiados com os produtos iShares Euro High Yield Corporate Bond, iShares Euro Corp Bond Interest Rate Hdg ou iShares $ Global High Yield Bond a constarem da lista de produtos mais negociados”.

No Banco Best, Carlos Almeida, diretor de investimentos da entidade, revela que “no mês de março os investidores optaram pelo investimento na Europa, através dos ETFs da sociedade gestora BlackRock: iShares MSCI Europe UCITS ETF (Acc) EUR e iShares STOXX Europe 600 UCITS ETF (DE), investindo desta forma nas empresas europeias de maior capitalização, com destaque para o Reino Unido e para os setores financeiro e saúde”. No que diz respeito à Zona Euro, o profissional assinala que a escolha recaiu no “ETF iShares EURO STOXX 50 UCITS ETF (Dist), que investe nas 50 maiores empresas da zona euro, ou seja maioritariamente em França, Alemanha e Espanha”. No terceiro mês do ano o mercado nacional também foi privilegiado, denotando-se a procura através “através da selecção do ETF do Commerzbank - Comstage PSI 20 UCITS ETF”.  Já a nível global “a seleção foi para "private equity", através do ETF iShares Listed Private Equity UCITS ETF, que procura replicar o desempenho do índice S&P Listed Private Equity, investindo em empresas deste setor maioritariamente dos E.U.A; Canada e Reino Unido”, explica.